O publicitário Sidônio Palmeira (foto) tomou posse nesta terça-feira (14) como ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em substituição ao deputado gaúcho Paulo Pimenta (PT). O novo ministro fez duras críticas à extrema-direita, acusada de criar uma cortina de fumaça, manipular pessoas inocentes e aprofundar o negacionismo.
Combate à desinformação
Sidônio Palmeira vai atuar com força no combate à desinformação. Entrou no governo no meio de um "tsunami", tendo que combater os conteúdos falsos sobre o Pix. Rápido no gatilho, com porta aberta no Gabinete Presidencial, já vai colocar no ar, até amanhã, uma campanha de combate à desinformação.
Informação não chega na ponta
"A informação dos serviços não chega na ponta. A população não consegue ver o governo e suas virtudes. A mentira nos ambientes digitais, fomentada pela extrema-direita, ameaça a humanidade", afirmou o novo ministro.
Charlatanismo político
Sidônio Palmeira deu o recado: "Esse movimento aprofunda o negacionismo, a xenofobia e as violências raciais e de gênero. Promove um revisionismo histórico, sob a regência do charlatanismo político".
Perigo do fogo amigo
Sidônio Palmeira assume com responsabilidade de melhorar a comunicação do governo, em que o fogo amigo é mais perigoso do que os "inimigos" externos. Engenheiro (menos discurso e mais técnica), Sidônio tem carreira de sucesso na publicidade, e vai ter que utilizar todo o seu talento para quebrar as barreiras internas do próprio PT e aliados.
Extremismo nas redes sociais
Em linguagem direta, o novo ministro alertou para o extremismo nas redes sociais. Disse que é preciso combater a extrema-direita, mas que não vai conseguir fazer isso sozinho, e que a comunicação deve ser compartilhada por todas e por todos e alinhada às novas demandas do século.
Desafio de todos
Sidônio Palmeira afirmou que "é um desafio, mas que não é exclusivo da Secom, e que, ao invés de reclamar, é preciso fazer parte dela". Ele dá um recado a muitos aliados dentro do próprio governo, que reclamavam, principalmente, da atuação de Paulo Pimenta.
Movimento macabro
O novo ministro falou em movimento macabro ao se referir a estas ações, principalmente da extrema-direita nas redes sociais. "Para combater esse movimento não basta, portanto, chamarem marqueteiros. A comunicação precisa se guardar na democracia, no combate à desinformação", disse.
Secretaria melhor
Paulo Pimenta, que deixa agora o governo depois de muitas críticas, disse que em dois anos tentou organizar a casa, e que entrega a Sidônio Palmeira uma Secretaria da Comunicação Social muito melhor do que ele recebeu.