Alguns temas abordados por parlamentares fizeram a diferença, esta semana, no Congresso Nacional. Em meio a um turbilhão de críticas e palavras que assustam, a deputada federal gaúcha Reginete Bispo (PT, foto), do Rio Grande do Sul, defendeu "um mundo verdadeiramente humano, que seja movido pela coragem, pela solidariedade e acima de tudo pelo amor".
Declaração dos Direitos Humanos
A deputada Reginete Bispo destacou, na Câmara, os 76 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos. "Um documento que simboliza a esperança de um mundo mais justo, livre e igualitário. Mas ao olharmos ao nosso redor, percebemos que a igualdade ainda é uma distância longa a ser percorrida para muitos."
Luta continua, incansável e coletiva
"O racismo, a violência de gênero, a exclusão das pessoas com deficiência, dos idosos, a fome e tantas outras formas de prisão revelam que a luta pelos direitos humanos precisa ser contínua, incansável e coletiva", afirmou a deputada.
Vítima das desigualdades
Segundo a parlamentar, "no Brasil, a população negra representa mais da metade do povo, mas continua sendo a maior vítima das desigualdades estruturais. Os jovens negros têm quase três vezes mais chances de serem assassinados do que os jovens não negros. As mulheres negras, nós mulheres negras, somos as principais vítimas do feminicídio", acentuou Reginete Bispo.
Pessoas com deficiência
"Da mesma forma, as pessoas com deficiência enfrentam barreiras que muitas vezes se tornam invisíveis em nossa sociedade. A falta de acessibilidade, de oportunidades no mercado de trabalho e de inclusão nos espaços públicos mostra o quanto ainda precisamos avançar", alerta a congressista.
Violência de gênero
Para a deputada gaúcha, "os direitos humanos não podem ser privilégios, eles precisam alcançar cada pessoa, independentemente da sua condição ou suas capacidades. Não podemos esquecer das mulheres que enfrentam diariamente a violência de gênero, as desigualdades e a sobrecarga das jornadas".
Quilombolas, indígenas e LGBT
Reginete Bispo chama atenção para o trabalho dos quilombolas, que seguem lutando por reconhecimento e direito ao acesso à terra; dos indígenas, que veem suas terras e culturas ameaçadas,;da população LGBT, que ainda é alvo de preconceito e violência; das tradições de matriz africana, que sofrem o racismo e a intolerância cotidianamente.