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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 03 de Dezembro de 2024 às 20:49

Evangélicos escolhem novo líder em meio a impasse na Câmara dos Deputados

Disputa é entre os deputados Otoni de Paula, aliado do governo Lula, e Gilberto Nascimento (PSD-SP)

Disputa é entre os deputados Otoni de Paula, aliado do governo Lula, e Gilberto Nascimento (PSD-SP)

FOTOMONTAGEM/Divulgação/JC
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A escolha do novo líder da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, que sempre foi por consenso, está provocando divisões. A disputa é entre os deputados Otoni de Paula (MDB-RJ, à esq. na foto), aliado do governo Lula, e Gilberto Nascimento (PSD-SP, à dir. na foto), vinculado ao bolsonarismo, que pode levar a escolha para votação.
A escolha do novo líder da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, que sempre foi por consenso, está provocando divisões. A disputa é entre os deputados Otoni de Paula (MDB-RJ, à esq. na foto), aliado do governo Lula, e Gilberto Nascimento (PSD-SP, à dir. na foto), vinculado ao bolsonarismo, que pode levar a escolha para votação.
Dois candidatos da Assembleia de Deus
A escolha do nome para presidir a Frente Parlamentar Evangélica acontece a cada dois anos. Hoje, os dois candidatos são membros da Assembleia de Deus. O grupo escolhe seu líder, que vai comandar a chamada Bancada Evangélica, tradicionalmente na primeira semana de fevereiro. No entanto, a expectativa é antecipar a decisão para o dia 11 de dezembro, durante o culto da Santa Ceia.
Sem consenso vai para o voto
Até hoje a Bancada Evangélica nunca havia colocado a escolha do presidente em votação, sempre buscando consenso. Em 2023, Otoni retirou a sua candidatura em um acordo de presidência alternada, que foi estabelecido entre Eli Borges (PL-TO) e Silas Câmara (Republicanos-AM).
Nos bastidores, outro nome
Além de Otoni e Gilberto, chegou a ser cogitado o nome do Pastor Diniz (União-RR), da Igreja Batista. O impeditivo, na visão dos evangélicos, foi seu pouco tempo no Parlamento.
Ampliação dos espaços
O pastor Peniel Pacheco, ex-deputado, professor de Teologia, disse ao Repórter Brasília que "normalmente as frentes Parlamentares têm como objetivo central a busca pela ampliação dos espaços de articulação em favor das propostas apresentadas pelos respectivos segmentos por elas representados".
Ampliar o diálogo
Segundo o professor, "é natural, portanto, que no lugar de transformar o colegiado em uma trincheira para acirrar a luta política, considere-se a necessidade de ampliar o diálogo, o máximo possível, com todas as esferas de poder, incluindo o Executivo federal. Com base nesse raciocínio, seria de bom alvitre que a Bancada Evangélica fosse liderada por alguém cujo perfil seja mais voltado para o diálogo construtivo, visando a adoção de ações estratégicas em prol do atendimento das legítimas demandas construídas junto ao segmento evangélico".
 

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