A Câmara dos Deputados entra na próxima semana em um esforço concentrado para votar o pacote de contenção de gastos do Palácio do Planalto. A intenção do presidente Arthur Lira (PP-AL) é analisar as medidas antes da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Câmara com sessões todos os dias
O presidente da Câmara pediu aos líderes para mobilizarem os deputados para realizar sessões de segunda a sexta-feira com o intuito de finalizar todas as pendências presentes na pauta. As sessões habitualmente ocorrem às terças e quartas. Já na quinta-feira pela manhã, os parlamentares partem para suas bases eleitorais, onde cumprem agendas com seus eleitores ou familiares.
Corte de gastos
Brasília estava movimentada nesta quinta-feira, menos no Parlamento. Alguns fatos movimentaram a Esplanada dos Ministérios. No Palácio do Planalto, foi o desdobramento do anúncio feito pela Fazenda, com as mudanças que buscam o corte de gastos. Em algumas comissões, na Câmara dos Deputados, parlamentares cumpriam agenda, principalmente, de audiências públicas, entretanto, o assunto entre a acanhada presença de deputados era o futuro de Jair Bolsonaro (PL), por conta do inquérito da Polícia Federal encaminhado pelo ministro Alexandre de Moraes à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Plenário vazio
No Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara, a sessão que estava sendo realizada contava com apenas poucos deputados e alguns assessores, apesar de estar registrando no painel 209 presenças. Às 10h30m, apenas dois deputados ocupavam aquele amplo espaço democrático. Na presidência da sessão, o deputado Dr. Fernando Máximo (União-RO), e, na tribuna, o deputado Eli Borges (PL-TO, foto), com quem conversei logo após seu pronunciamento. Falamos sobre o "pacote" que estava sendo anunciado pelo Palácio do Planalto.
Governo perdeu o controle
Na avaliação do deputado Eli Borges, "o governo perdeu o controle". "Estouraram tanto com gastos desnecessários que perderam o controle. A grande prova é o excesso de ministérios, que dificulta a gestão. Agora temos uma casa que gastou mais do que tinha. Vamos ter que pagar essa conta por falta de coerência na gestão", protestou o congressista.
Marco regulador da internet
A proposta de regulação da internet está no Parlamento há mais de quatro anos. Agora, o Supremo vai tomar uma decisão. Sobre isso, Eli Borges disse: "o Supremo vive tomando decisões que não são dele. O lugar para resolver isso é aqui. Quando a gente quer resolver aqui, eles vêm e fazem as famosas interferências e criam dificuldade. Por exemplo, a descriminalização das drogas é um tema nosso. Eles levam pra lá", reclama o congressista.