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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 24 de Novembro de 2024 às 18:00

Indiciamento por tentativa de golpe repercute no Congresso

"Foi escancarada a farsa", afirma deputado federal gaúcho Bohn Gass

"Foi escancarada a farsa", afirma deputado federal gaúcho Bohn Gass

CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
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A Polícia Federal (PF) indiciou na última quinta-feira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por uma tentativa de um golpe de Estado a fim de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), legitimamente eleito em 2022. O deputado federal gaúcho Bohn Gass (PT, foto) se diz indignado e cita o "submundo dos quartéis".
A Polícia Federal (PF) indiciou na última quinta-feira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por uma tentativa de um golpe de Estado a fim de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), legitimamente eleito em 2022. O deputado federal gaúcho Bohn Gass (PT, foto) se diz indignado e cita o "submundo dos quartéis".
Explicações à Justiça
Muitos dos indiciados são ex-ocupantes de altos cargos da República durante o governo de Jair Bolsonaro. É o que mostra a investigação policial. Além de Bolsonaro, que seria o maior beneficiado de eventual sucesso do golpe, terão de se explicar à Justiça os generais da reserva Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que foram os principais assessores do então presidente no Palácio do Planalto.
Lição para o Brasil
O deputado Bohn Gass (PT) disse ao Repórter Brasília: "A gente sabia que eles estavam aprontando, mas foi escancarada a farsa e o golpe que eles estavam tramando". Segundo o parlamentar, "é muito bom que tudo seja elucidado; em segundo lugar, que sejam punidos. Em terceiro lugar, que isso sirva de lição para nós termos um Exército no Brasil que faça segurança, e não que crie insegurança".
Extrema direita nos quartéis
Para Bohn Gass, "o Exército praticou golpes jamais vistos na história do Brasil. Então, a sua formação tem que ser questionada. A formação da extrema direita ativista nos quartéis, o golpe que essa gente patrocinou, os acampamentos que eles permitiram, toda esta onda de danos ou de golpe, ou de formação interna que eles têm da extrema direita, que permitia inclusive os atos nos quartéis; tudo isso sempre foi trabalhado por eles, e eles tiveram no Bolsonaro alguém que permitiu e estimulou ter essa prática".
Retomada do poder
Na opinião de Bohn Gass, "sempre foram golpistas de direita, mas com Bolsonaro tiveram mais razão, e ele passou a ser o cara que estimulou isso porque ele teria interesse próprio de retomada do poder".
'Submundo dos quartéis'
O deputado Bohn Gass critica os militares "ganhando altos salários, benefícios aqui e acolá, e nunca se pode mexer na Previdência dessa gente. O povo tem que conhecer o que é o submundo dos quartéis. Não é só picanha, whisky e prótese peniana, além da compra de viagra. Esse é o submundo dos quartéis que se apresenta como dono para matar um presidente eleito pelo povo".
Deputado indignado
"Eu estou indignado vendo que o dinheiro do povo brasileiro, que devia estar indo para o desenvolvimento do País, está indo para pessoas viverem bem às custas do povo e planejando golpe contra o povo. Isso é inaceitável", acentuou Bohn Gass.
Ironia do senador
O congressista afirmou que o senador Flávio Bolsonaro (PL) "está fazendo ironia sobre o golpe. Ele tem que cobrar essa incompetência da turma dele, não de nós. Tem um irmão dele que achava que o Supremo ia ser fechado com um cabo e um jeep", ironizou Bohn Gass.
 

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