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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 14 de Novembro de 2024 às 01:24

Doenças extintas estão voltando, afirma deputado e médico Osmar Terra

Deputado federal gaúcho Osmar Terra (MDB) aponta que vacinas básicas não estão chegando nos postos

Deputado federal gaúcho Osmar Terra (MDB) aponta que vacinas básicas não estão chegando nos postos

/Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Divulgação/JC
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Os diagnósticos de coqueluche cresceram mais de 10 vezes neste ano, no Brasil, com 2,9 mil infectados até outubro, que é o maior número desde 2015. Mais de 10 mortes foram registradas após três anos sem óbitos pela doença. O País teve 212 casos da no ano passado inteiro. Para o deputado federal gaúcho e médico Osmar Terra (MDB, foto), "as vacinas não estão chegando aos postos, e doenças praticamente eliminadas estão voltando".
Os diagnósticos de coqueluche cresceram mais de 10 vezes neste ano, no Brasil, com 2,9 mil infectados até outubro, que é o maior número desde 2015. Mais de 10 mortes foram registradas após três anos sem óbitos pela doença. O País teve 212 casos da no ano passado inteiro. Para o deputado federal gaúcho e médico Osmar Terra (MDB, foto), "as vacinas não estão chegando aos postos, e doenças praticamente eliminadas estão voltando".
Cenário mais crítico
O estado com o cenário mais crítico é o Paraná. Os casos passaram de 16 no ano passado, para 1.101 neste ano. A doença saltou quase 7.000% em um ano.
Voltam doenças já eliminadas
O deputado Osmar Terra, que é médico e ex-secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, disse ao Repórter Brasília "que coqueluche tem vacinação obrigatória, ou a vacina não está funcionando, ou não estão conseguindo fazer a vacina". Segundo o parlamentar, "com a vacinação, todas essas doenças, as chamadas viroses comuns da infância, que a gente chama VCI, além da caxumba, a tosse convulsiva, a catapora, o sarampo, eles estavam praticamente eliminados".
Vacinas não chegam aos postos
Na avaliação de Osmar Terra, "o fato de estar acontecendo isso pode ser porque as pessoas não tenham a vacina, que é o que está ocorrendo agora; as vacinas básicas não estão chegando nos postos. O Ministério da Saúde não está conseguindo suprir ou tem algum outro problema, mas eu acho que o mais provável, é a falta de vacina".
Vacinas eficazes
O congressista afirmou: "essas vacinas são eficazes, elas têm eficácia, enquanto que a vacina da Covid não tinha". Ele argumenta que "diziam que a gente era contra a vacina, a gente é a favor da vacina, desde que ela seja eficaz".
Ministério culpa as pessoas
Para Osmar Terra, "o Ministério da Saúde tem que parar de ficar botando a culpa nas pessoas, que as pessoas não estão querendo se vacinar. Se existe programa de vacinação obrigatório, as pessoas se vacinam".
Desperdício de vacinas
O Brasil perdeu 58 milhões de vacinas vencidas no governo Lula. Má logística, compras perto do vencimento e baixa adesão da população, estão entre as causas. O ministério diz ter recebido doses com prazos expirados em 2023. É um aumento de 22% em relação aos 48 milhões de imunizantes desperdiçados por passarem da validade em todos os quatro anos do governo Bolsonaro. Os dados foram fornecidos a O Globo pelo Ministério da Saúde via Lei de Acesso à Informação.
Prejuízo de R$ 1,75 bilhão
Além da perda de imunização da população, o prejuízo financeiro com descarte das vacinas chega a R$ 1,75 bilhão, na atual gestão. Dos 58 milhões de imunizantes descartados, quase 46 milhões eram contra a Covid.
Menos pessoas protegidas
O desperdício de vacinas traz impacto não apenas financeiro, mas também afeta os esforços para consolidar campanhas de imunização, visto que doses desperdiçadas representam menos pessoas protegidas.
 

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