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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 07 de Novembro de 2024 às 18:14

Com Trump na Casa Branca, como fica a relação de EUA e Brasil?

Alceu Moreira afirma que "os EUA, a vida inteira, foram concorrentes e clientes ao mesmo tempo do Brasil, e eles preservam seus interesses"

Alceu Moreira afirma que "os EUA, a vida inteira, foram concorrentes e clientes ao mesmo tempo do Brasil, e eles preservam seus interesses"

Câmara dos Deputados/Divulgação/JC
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Donald Trump volta à Casa Branca com uma forte vitória do Partido Republicano nas eleições americanas de 2024. Além da conquista da Casa Branca, os republicanos também fizeram a maioria na Câmara e no Senado; feito que não é tão comum e pode viabilizar projetos mais polêmicos de Trump, como a taxação de produtos vindos do exterior.
Donald Trump volta à Casa Branca com uma forte vitória do Partido Republicano nas eleições americanas de 2024. Além da conquista da Casa Branca, os republicanos também fizeram a maioria na Câmara e no Senado; feito que não é tão comum e pode viabilizar projetos mais polêmicos de Trump, como a taxação de produtos vindos do exterior.
Pouca repercussão no agronegócio
O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB, foto) afirmou que "o fato tem pouquíssima repercussão no agronegócio. Os Estados Unidos, a vida inteira, foram concorrentes e clientes ao mesmo tempo do Brasil, e eles preservam seus interesses".
Capacidade competitiva
O que vai acontecer com o Trump, avalia Alceu Moreira, "é que ele vai ter uma política muito mais protecionista da economia norte-americana. Então, é claro que ele vai preservar e estimular os mercados internos, estimular os produtores norte-americanos com relação ao resto dos produtores do mundo, e isso, em alguma medida, pode afetar nossa capacidade competitiva".
Intervenção na gestão de democracias
Alceu Moreira pontua que "tem que ver o desdobramento que vai acontecer com a estruturação da política de protecionismo. É muito maior a influência de Trump na política internacional, no comportamento de governos, como é o caso do Brasil. Sua postura política faz uma intervenção profunda na questão de democracias pelo mundo inteiro, fantasiada de democracia, mas, na verdade, apoiadores de ditaduras, e isso será contraposto frontalmente com Trump no governo".
Repercussão em Brasília
A vitória de Trump nos EUA impacta diversos setores, tanto econômicos quanto políticos. Em Brasília, nas últimas horas, tem sido o assunto. Qual o rumo das relações entre os dois países? Trump é conhecido por suas políticas protecionistas, buscando fortalecer a economia dos Estados Unidos e reduzir a dependência de produtos estrangeiros. Isso pode representar um desafio para o Brasil, que exporta produtos como aço, soja e carne bovina, entre outros, para os EUA. Com um mercado norte-americano mais fechado, essas exportações podem enfrentar barreiras, o que pode afetar a economia brasileira, mas nem tanto, pois o Brasil tem hoje um enorme mercado internacional, conforme afirmou o deputado Alceu Moreira.
Influência política
A vitória de Trump é vista como um fortalecimento da direita nos EUA, o que ressoa em outros países, inclusive no Brasil. Essa tendência pode levar ao fortalecimento de figuras políticas de direita inspiradas por um estilo de governo que valoriza a soberania nacional, políticas rígidas de imigração e uma visão conservadora em pautas sociais. A vitória de Trump acende alertas no governo Lula, de olho em 2026. Celso Lafer, ex-ministro de Relações Exteriores do Brasil, afirmou que "a vitória de Trump é um Biotônico Fontoura para o ex-presidente Jair Bolsonaro".
 

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