O deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB, foto) disse, ao Repórter Brasília, que o Congresso Nacional, agora, após o término das eleições municipais, tem duas prioridades: "resolver o orçamento e a sucessão na Câmara e no Senado". Na opinião do parlamentar, são os dois temas que ele considera "principais e prioritários" e que têm prazo e muitas dificuldades para chegar a uma solução.
Fechando as contas
"Os prefeitos que terminam seus mandatos, pelo que eu percebo, estão trabalhando muito para fechar as contas para estar com tudo certo, para dormirem tranquilos, sossegados, sem preocupação de responder processos", afirmou Heitor Schuch.
Prefeitos se reorganizando
"Já os prefeitos que foram reeleitos, e são muitos no Rio Grande do Sul e no Brasil, agora estão se reorganizando, rearticulando para esse segundo governo, que vai ser diferente do primeiro, eles mesmos querem mais resultados. O primeiro foi feito numa engenharia de contemplar partidos, setores e segmentos, e agora o foco é mais no segundo mandato de que quem está reeleito precisa dar mais resultado, e talvez os governos fiquem até um pouco mais técnicos do que políticos", assinalou o congressista.
Eleição na Câmara
Na opinião de Heitor Schuch, "a eleição da Câmara é um tipo de divisor de águas que, certamente, quem vai ser presidente da Câmara nesses últimos dois anos também será presidente nos próximos dois do outro mandato. Já assistimos com Rodrigo Maia (hoje PSDB), com Arthur Lira (PP), e essa tem sido a nova praxe, tanto na casa dos deputados quanto no Senado, o que tem dividido até as bancadas menores no Parlamento".
Luz amarela ligada
"Posso dizer que estamos com a luz amarela ligada no que diz respeito às abstenções. As pessoas simplesmente não foram votar, nem no primeiro e nem no segundo turno", alertou o parlamentar.
Abstenção dos eleitores
Os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostram que a taxa de abstenção no segundo turno foi de 29,2%, maior que no primeiro turno, quando foi de 21,7%. A capital brasileira com o maior número de abstenções no segundo turno foi Porto Alegre, registrando 34,83% dos eleitores ausentes.
Votação não obrigatória
Heitor Schuch disse que "tem o sentimento de que muita gente gostaria de tornar a votação não obrigatória, vai votar quem quer; desobrigar a obrigatoriedade me parece que é um pouco do que se enxerga".