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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 08 de Setembro de 2024 às 18:43

Aumento de impostos não é solução, afirma deputado Alceu Moreira

Alceu Moreira (MDB) defende que "está na hora de o Parlamento colocar as regras necessárias contra esta gastança desenfreada"

Alceu Moreira (MDB) defende que "está na hora de o Parlamento colocar as regras necessárias contra esta gastança desenfreada"

Câmara dos Deputados/Divulgação/JC
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No Orçamento para 2025 enviado ao Legislativo, a equipe econômica admite que vai precisar de uma arrecadação extra de R$ 168 bilhões, dos R$ 46 bilhões, vindos de projetos que estão no Congresso Nacional e que são considerados cruciais para cumprir a meta do governo. "Tem é que baixar custos", disparou o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB, foto).
No Orçamento para 2025 enviado ao Legislativo, a equipe econômica admite que vai precisar de uma arrecadação extra de R$ 168 bilhões, dos R$ 46 bilhões, vindos de projetos que estão no Congresso Nacional e que são considerados cruciais para cumprir a meta do governo. "Tem é que baixar custos", disparou o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB, foto).
Impossível aprovar
O governo alega que tem que compensar a remuneração da folha de pagamento, e para isso diz que o aumento de impostos é necessário. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já deu o recado: "é quase impossível aprovar por lá".
Ampliando gastos públicos
"A lógica do governo petista sempre foi esta", afirmou o deputado Alceu Moreira à coluna Repórter Brasília, apontando: "eles acham que ampliando os gastos públicos eles estimulam a economia, eles são incapazes de calcular, e cada vez que divide o País sem riqueza correspondente, sem botar nesse recurso alguma coisa que gere trabalho e renda, nós acabamos tendo problema de endividamento e um aumento do PIB falso".
Exigir redução das despesas
Na avaliação de Alceu Moreira, "é preciso deixar claro isso; a eleição do Lula não tem a mesma proporção da eleição do Congresso, e o Congresso não votará aumento de tributos". Para o parlamentar, "tem é que exigir redução das despesas. Nós obrigatoriamente vamos ter que disciplinar que tipo de despesa o governo pode ter, e ordenar isso".
Discurso com preço
Alceu Moreira acentuou que "orçamento é discurso com preço, isso é orçamento. Está na hora de o Parlamento colocar as regras necessárias para dizer para o governo que esta gastança desenfreada, que este endividamento do País é comprometedor para o futuro, e nós do Parlamento não permitiremos".
Temos exemplos na história
Yeda Crusius (PSDB), economista, ex-governadora do Rio Grande do Sul e ex-ministra do Planejamento do Brasil, disse que vê tudo com imensa preocupação. "Já temos fartamente exemplos na história de casos assim, vai começando devagarinho, e vai crescendo o monstro do autoritarismo e da ditadura. Em nome da 'defesa da democracia' sempre, com isso manipulando as mentes e avançando no tamanho do Estado".
Alimentar o rei
Na opinião da ex-governadora gaúcha, "é mais impostos formando caixa para sustentar a corrupção das pessoas e das instituições para alimentar o rei e suas cortes e exércitos, enfim, os donos do poder". E acrescentou: "assim vai ser a verdadeira democracia, vemos casos mais recentes como Venezuela, Nicarágua e outros que instalam o terror cruel".
Correção de distorções
O secretário-executivo da Fazenda, Dário Durigan, disse que está disposto a discutir alternativas, mas defendeu o que chamou de correção de distorções. "Isso não é aumento de carga, isso é correção de distorção. Se a gente conseguir fazer com que todos paguem o devido justo, a gente faz com que a carga geral fique mais baixa", argumentou.
 

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