Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora
Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 21 de Agosto de 2024 às 18:57

Regulamentação de cigarros eletrônicos é adiada

Senador Eduardo Gomes é o relator do texto

Senador Eduardo Gomes é o relator do texto

Jefferson Rudy/Agência senado/JC
Compartilhe:
JC
JC
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, contrariando a expectativa de alguns senadores e deputados, adiou mais uma vez a votação que regulamenta a produção e a comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil. A decisão de retirada de pauta foi do próprio relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO, foto), que deu parecer favorável ao projeto. A votação ficou para o dia 3 de setembro.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, contrariando a expectativa de alguns senadores e deputados, adiou mais uma vez a votação que regulamenta a produção e a comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil. A decisão de retirada de pauta foi do próprio relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO, foto), que deu parecer favorável ao projeto. A votação ficou para o dia 3 de setembro.
Solidariedade dos senadores
Boa parte da reunião da Comissão de Assuntos Econômicos foi para os senadores rebaterem ataques feitos pelas igrejas evangélicas de Goiás, ao presidente da CAE, Vanderlan Cardoso.
'Ninguém é porta voz de Deus'
O senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que "ninguém é porta voz de Deus. A gente fala com Deus e não precisa de intermediários, fala direto com Deus. Até porque se Jesus é filho de Deus, eu sou irmão de Jesus, porque eu também sou filho de Deus". Ele lamentou que tenha se chegado a essa situação: "em que a igreja evangélica toma posições do ponto de vista político, e não do ponto de vista de salvar almas".
Recado aos pastores
Já a senadora evangélica Damares Alves (REP-DF) disse "estar preocupada pelos ataques ao senador terem partido das igrejas evangélicas. Ele está fazendo um bom trabalho em favor dos evangélicos no Senado".
Entidades médicas
O projeto dos cigarros eletrônicos tem sido alvo de entidades médicas que se posicionaram contra o texto. De acordo com as entidades, "o projeto de lei é uma grave ameaça à saúde pública brasileira".
Consequências 'terríveis'
A pneumologista Margareth Dalcolmo chama atenção para a quantidade de jovens que ela vem atendendo no dia a dia por causa disso. Ela explicou que "as consequências do vape são terríveis, porque não têm volta. Os danos vão de enfisema a câncer pulmonar".
Alternativas de menor risco
Para a Associação Brasileira da Indústria do Fumo, "a produção dos cigarros eletrônicos no Brasil já se mostrou ineficiente e, em países em que há a regulamentação, estão disponíveis produtos controlados que oferecem aos adultos fumantes alternativas de menor risco".
Vendas em bancas de revista
O deputado federal gaúcho e médico Pedro Westphalen (PP) afirmou que "o cigarro eletrônico é legalizado em muitos países e está sendo usado no Brasil. Tem que achar uma maneira de tornar isso não uma invasão de divisas, mas que se busque os controles que não façam mal à saúde, e que evite o uso. O cigarro eletrônico hoje, no Brasil, é vendido inclusive em bancas de revistas."
Nem contra, nem a favor
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) afirmou que "não é contra, nem a favor". Acentuou que "é muito mais fácil ser contra do que discutir o assunto. Eu não fumo, as informações que temos é que vem do Paraguai. Não tenho dúvida que tem muita gente ganhando dinheiro com isso".
Qualquer um compra
"Aí chega a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e determina que é proibido fumar o cigarro eletrônico". Segundo o senador, "em Brasília, ao lado da Anvisa, na Feira do Paraguai (agora Feira dos Importados), qualquer um vai lá e compra".
 

Notícias relacionadas