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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 08 de Julho de 2024 às 18:11

'Insepulto autoritarismo', preocupa ministro Fachin

Cabe ao STF reforçar a garantia dos direitos humanos e fundamentais, defende ministro Edson Fachin

Cabe ao STF reforçar a garantia dos direitos humanos e fundamentais, defende ministro Edson Fachin

Rosinei Coutinho/SCO/STF/Divulgação/JC
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Diante do "insepulto autoritarismo", cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) reforçar a garantia dos direitos humanos e fundamentais, defendeu o ministro Edson Fachin, da Suprema Corte, falando para professores de Direito, em Brasília. O ministro Fachin reuniu professores universitários de Direito para uma reflexão conjunta sobre os desafios do Supremo.
Diante do "insepulto autoritarismo", cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) reforçar a garantia dos direitos humanos e fundamentais, defendeu o ministro Edson Fachin, da Suprema Corte, falando para professores de Direito, em Brasília. O ministro Fachin reuniu professores universitários de Direito para uma reflexão conjunta sobre os desafios do Supremo.
Desafios supremos
Entre os desafios abordados, a erosão da autoridade do Supremo; os riscos de controle externo do STF; conteúdos sintéticos alimentando o lucrativo negócio da desinformação; o excesso de disputas financeiras de recursos públicos entre os entes federativos por incapacidade de soluções políticas; o risco do STF se tornar uma Câmara de Conciliação para resolver conflitos entre poderes; a necessidade de juízes com fundamentação racional e sistematicamente reafirmando a autoridade; um tribunal que no futuro deve ser cada vez mais o STF dos direitos humanos e fundamentais.
Antídoto na política
O magistrado lembrou que a polarização, a qual se tornou predominante na política brasileira, transformou nossos planos em escolhas plebiscitárias. "Perdemos o espaço exigido pela força construtiva da diferença e deixamos de valorizar a comunidade que formamos. A atual polarização também sinaliza que estão em curso mudanças sociais tectônicas, daquelas estudadas pela demografia, a geografia das ciências sociais. A polarização pode ficar um pouco mais aguda. É o mal do século. O antídoto está na política e não na violência."
Imposto para veículos elétricos
A inclusão do veículo elétrico na tarifa do imposto seletivo, na reforma tributária, preocupa o setor. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, afirmou na manhã desta segunda-feira, que "o imposto seletivo vai na contramão, porque ele tem como objetivo afastar o consumo, ele tem uma externalidade negativa; quando na verdade, o que a gente quer é aumentar esse consumo para se ter a renovação da frota".
Prevalecer a descarbonização
Na opinião do presidente da Anfavea, "o que se deveria ter independente da rota tecnológica escolhida, pode ser do elétrico, pode ser do híbrido, pode ser do etanol, o que deveria ser, na hipótese de se ter um imposto seletivo, é prevalecer a descarbonização, e não a rota tecnológica escolhida".
Facilitar o acesso
Márcio de Lima Leite disse em entrevista à CBN "que os fabricantes de veículos e montadoras estão investindo R$ 130 bilhões no País. Nós não podemos dificultar o consumo, nós precisamos é facilitar o acesso ao carro novo".
Industrialização do Brasil
O presidente da Anfavea afirmou que todos os fabricantes brasileiros têm fábrica na China. "Nós não estamos discutindo posicionamento de uma empresa A contra uma empresa B, com os chineses que estão chegando no Brasil. O que está em jogo, é a industrialização no Brasil. Todos os países têm colocado tarifas, os Estados Unidos mais de 100% na importação de carros elétricos; a Europa 48%. O Brasil, hoje está com 15%. Até um mês atrás era 10%".
 

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