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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 24 de Junho de 2024 às 19:11

Plano Safra será lançado pelo governo nesta terça-feira (25)

José Mário Schreiner é vice-presidente da CNA

José Mário Schreiner é vice-presidente da CNA

CNA/Divulgação/JC
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A expectativa de parlamentares e produtores é grande quanto ao anúncio do Plano Safra 2024/25, que será lançado pelo governo nesta terça-feira (25) para a agricultura familiar e, na quarta-feira, para a agricultura empresarial. Os recursos devem superar R$ 500 bilhões, para financiamentos da agricultura familiar e empresarial. Para o vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner (foto), "a próxima safra vai depender muito do que será apresentado pelo governo".
A expectativa de parlamentares e produtores é grande quanto ao anúncio do Plano Safra 2024/25, que será lançado pelo governo nesta terça-feira (25) para a agricultura familiar e, na quarta-feira, para a agricultura empresarial. Os recursos devem superar R$ 500 bilhões, para financiamentos da agricultura familiar e empresarial. Para o vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner (foto), "a próxima safra vai depender muito do que será apresentado pelo governo".
Juros menores
"Com a decisão do Copom, na última semana, de manter os juros em 10,5%, menores que os da safra passada, que foram de 13,75%, tem aí 3,25%, menos do que o ano passado", lembra José Mário Schreiner. "Essa queda da Selic vai fazer com que o governo possa, e deve, olhar para uma taxa de juros menor do que foi aplicado no último ano. Se você pegar a inflação a 12%, você tem juros reais relativamente altos."
Dinheiro não é dado
"Mas não é só isso", argumenta José Mário Schreiner, acentuando que, "muitas vezes, as pessoas pensam que esse dinheiro é dado, e o produtor não paga muito. Pelo contrário, se nós pegarmos, por exemplo, um agricultor familiar, exemplo prático, se um produtor familiar do Pronaf, pegar R$ 100 mil a 4% ao ano, teoricamente a gente acharia que ele pagaria aí R$ 4 mil de juros. Isso não é verdade".
Penduricalhos e sócios ocultos
José Mário explicou: "quando você vai colocar os penduricalhos, muitas vezes os sócios ocultos que existem na atividade agropecuária, por exemplo, registro de cédula em cartório 1,3%, IOF 0,38%, custo do projeto técnico 2%, Proagro 7,9%, seguro de vida 1%, título de capitalização 2%, você sai dos 4%, esse pequeno produtor, da agricultura familiar, e vai acabar pagando 18,62% ao ano".
Produtor resiliente
Questionado sobre o que se espera da safra no Brasil, José Mário Schreiner frisou que vai depender muito do Plano Safra. "Tenho certeza absoluta que grande parte do governo tem consciência que o setor agro representa 27% do PIB, quase 50% das exportações, mais de 30% dos empregos. De qualquer forma, o produtor brasileiro é muito resiliente, ele vai continuar produzindo. É necessário continuar buscando os mercados internacionais", acentuou.
Tratamento diferenciado
José Mário Schreiner ainda destacou que "os produtores do Rio Grande do Sul precisam receber um tratamento diferenciado por parte do governo". Mas lembrou que outras regiões do país também foram impactadas pelo clima e pelos preços abaixo do normal de algumas commodities, como a soja e o milho.
Semana de festa no Congresso
Como tem acontecido, em anos anteriores, a semana começa esvaziada em Brasília. Parlamentares não serão obrigados a estar no Congresso Nacional. A grande maioria dos senadores e deputados estarão no Nordeste para participar das festas juninas. Apesar de a festa ser do Nordeste, o benefício vale para todos. O presidente da Câmara, Arthur Lira, vai participar do 12º Fórum Jurídico de Lisboa, evento realizado pelo instituto de ensino superior do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, e ficará em Lisboa até sexta-feira.
 

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