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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

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Publicada em 05 de Junho de 2024 às 19:54

Importação de arroz gera reação no Congresso

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Edgar Lisboa com IA/Especial/JC
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Crescem as críticas ao governo pela decisão de importar arroz "para reduzir os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o mercado". Lideranças da cadeia produtiva que estiveram na reunião da Câmara Setorial do Arroz do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ampliam suas reclamações à ação do governo e recebem o respaldo de parlamentares dos diversos partidos.
Crescem as críticas ao governo pela decisão de importar arroz "para reduzir os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o mercado". Lideranças da cadeia produtiva que estiveram na reunião da Câmara Setorial do Arroz do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ampliam suas reclamações à ação do governo e recebem o respaldo de parlamentares dos diversos partidos.
Parlamentares protestam
O primeiro leilão para compra de arroz importado pelo governo, anunciado para esta quinta-feira (6), está abaixo de fogo cruzado. Além dos produtores, que pressionam o governo argumentando que não há necessidade de importar, pois a safra nacional atende à demanda de mercado, agora, parlamentares dos diversos estados têm se revezado na tribuna da Câmara para protestar.
Força do Parlamento
O deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos (PDT), que presidiu a Mesa Diretora da Câmara nesta terça-feira, em boa parte da tarde, não cansava de anunciar a presença, na tribuna, de deputados criticando a ação do governo de importar arroz.
Produção suficiente
"Indignação, absurdo importar arroz tendo produção suficiente", afirmou o deputado federal gaúcho do Progressistas Afonso Hamm, vice-presidente da Comissão de Agricultura. "O levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que, nesse momento, temos 10,5 milhões de toneladas, e o Rio Grande do Sul quando teve esse evento das enxurradas, enchentes, essa tragédia, já havia colhido praticamente 90% da produção, portanto não há necessidade de importação."
Arroz 'inferior ao nosso'
"Além disso, o consumidor brasileiro vai consumir um arroz que vem da Tailândia, da Ásia, que não tem as mesmas propriedades. É inferior ao nosso. Poderíamos comprar os estoques e fazer estoque da produção nacional. É absolutamente equivocada essa importação", protesta Hamm.
Plano de reconstrução
"Nós precisamos de um plano de reestruturação, um plano de recuperação dessa situação do agro", pontua Hamm, ao mesmo tempo em que anuncia a convocação à Câmara do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para justificar a importação de arroz. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) judicializou a questão, entrou com uma ação de inconstitucionalidade. "Não há ninguém que se favoreça, neste momento, muito menos o consumidor", acentuou Hamm.
Pagamento dos salários
Alceu Moreira alerta para a necessidade de pagamento dos salários dos funcionários das empresas até esta sexta-feira, quinto dia útil. "As empresas invadidas pelas águas não faturam um centavo, não têm como pagar os salários." O deputado argumenta dizendo que, "na pandemia, os salários foram pagos pela União, para que as pessoas não perdessem o vínculo empregatício".
Representação no TCU
Os deputados federais do Partido Novo, Adriana Ventura (SP), o gaúcho Marcel van Hattem e Gilson Marques (SC), entraram com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU), contestando a decisão da Conab de realizar leilões para compra de arroz importado.
 

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