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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 01 de Maio de 2024 às 19:59

Quais os desafios do agronegócio em 2024?

Gislaine Balbinot é diretora-executiva da Associação Brasileira do Agronegócio

Gislaine Balbinot é diretora-executiva da Associação Brasileira do Agronegócio

Agrishow Digital/Divulgação/JC
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Num ano desafiador para o agronegócio, o Plano Safra, que vem sendo negociado com o governo, passa a ter uma importância ainda maior para os produtores. A diretora-executiva da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Gislaine Balbinot, afirmou que o setor vive alguns desafios esse ano na produção. "Tivemos uma queda de soja e outras culturas. Em algumas regiões, como no Mato Grosso, estão sendo enfrentados problemas, e também no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde a soja prevalece."
Num ano desafiador para o agronegócio, o Plano Safra, que vem sendo negociado com o governo, passa a ter uma importância ainda maior para os produtores. A diretora-executiva da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Gislaine Balbinot, afirmou que o setor vive alguns desafios esse ano na produção. "Tivemos uma queda de soja e outras culturas. Em algumas regiões, como no Mato Grosso, estão sendo enfrentados problemas, e também no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde a soja prevalece."
Mudança para o girassol
Gislaine Balbinot (foto) aponta que "neste ano estão acontecendo algumas substituições, certos produtores escolheram plantar girassol ao invés de milho; é uma possibilidade que favorece para que a perda não seja tão expressiva".
Esperando o recurso
Na opinião de Gislaine Balbinot, "o Plano Safra é muito importante nesse cenário, e muitos produtores esperam por esse recurso para poder plantar".
Plano Safra sendo construído
O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB) disse à coluna Repórter Brasília que o Plano Safra ainda está sendo construído. "Temos reuniões seguidas com o Ministério da Agricultura." Segundo o parlamentar, "a questão está muito voltada para o seguro; nós temos hoje uma série de inseguranças jurídicas, como tem muitas tempestades, muitos problemas climáticos. Em todos os lugares as seguradoras aumentam o valor do prêmio e reduzem o prazo do seguro. Isso para nós é um problemão. No Rio Grande do Sul, por exemplo, as seguradoras já não querem mais segurar".
Aumentar o prêmio
No entendimento de Alceu Moreira, "tem que aumentar o prêmio do seguro, da equalização; para que possam fazer seguro no país inteiro, fazendo um modelo de seguro para todo o território nacional, porque, agora, os estados que nunca tiveram problema, neste ano, também têm problema, essa é uma questão. A outra questão está em fazer um volume de recursos bastante grande, e esse recurso não chega no banco. Aparece lá, na hora de lançar o Plano Safra, num volume X, quase sempre os recursos são privados, com outros bancos ou com o BNDES, mas não passa do discurso, não chega no banco para que os produtores possam utilizar".
Esforço do governo
"Estamos discutindo isso com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e com o secretário de Política Agrícola, Neri Geller. Com certeza, o Ministério da Agricultura está fazendo um grande esforço. Nós estamos com um orçamento muito ajustado, mas a tendência é fazermos um Plano Safra melhor do que o do ano passado", argumenta o deputado.
Mudança de calendário
"O que a gente vem reivindicando é uma mudança nesse calendário de apresentação do Plano Safra. O que a gente defende é que ele consiga ser de ano cheio, de janeiro a dezembro; isso facilitaria muito a vida do produtor", destacou Gislaine Balbinot.
Conversão de pastagens
Com juros subsidiados de menos de 5% ao ano, o governo lança nova linha de crédito para produtores rurais para conversão de pastagens. O ministro Fávaro prometeu também que o novo Plano Safra vai atender produtores que estejam com "renda achatada".
 

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