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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 26 de Março de 2024 às 20:53

Bolsonaro passa 48 horas na embaixada da Hungria

Ex-presidente Jair Bolsonaro passou 48 horas na embaixada da Hungria

Ex-presidente Jair Bolsonaro passou 48 horas na embaixada da Hungria

/Valter Campanato/Agência Brasil/JC
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Pesquisador e doutor em Ciência Política pela Universidade Fluminense Fernando Augusto Fernandes fez uma avaliação, do ponto de vista jurídico, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL, foto) ter se abrigado, durante dois dias, na embaixada da Hungria, em Brasília, após a Polícia Federal apreender seu passaporte em operação que investiga "a trama golpista", segundo classificou o jornal New York Times, e confirmada pela defesa do ex-presidente Bolsonaro.
Pesquisador e doutor em Ciência Política pela Universidade Fluminense Fernando Augusto Fernandes fez uma avaliação, do ponto de vista jurídico, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL, foto) ter se abrigado, durante dois dias, na embaixada da Hungria, em Brasília, após a Polícia Federal apreender seu passaporte em operação que investiga "a trama golpista", segundo classificou o jornal New York Times, e confirmada pela defesa do ex-presidente Bolsonaro.
Medida substitutiva de prisão
Na análise do professor Fernando Augusto, "Bolsonaro está sob uma medida substitutiva da prisão. Ele está impedido de deixar o território nacional, e por isso seu passaporte foi recolhido". O jurista afirmou que "jamais Bolsonaro poderia ter entrado numa embaixada, e ainda mais passar lá dois dias, chegando de travesseiro em punho. Difícil de explicar".
Moraes mostrou 'paciência gigante'
Na opinião de Fernando Augusto Fernandes, "o ex-presidente poderia ter sido recolhido preso. O ministro Alexandre de Moraes mostrou uma paciência gigante ao dar 48 horas para ele explicar o que aconteceu, que, aos olhos de todos, parece evidente; alguém que vai a uma embaixada carregando travesseiro, cafeteira, não vai tomar um café com o embaixador. Ele ficou lá 48 horas para ficar fora da jurisdição do Supremo Tribunal Federal".
Reconhecimento dos crimes
Na avaliação do deputado federal gaúcho Elvino Bohn Gass (PT), "as ações do ex-presidente Bolsonaro são o reconhecimento dos crimes que ele cometeu. Por um lado, ele quer anistia, e então ele reconhece que cometeu um crime; por outro lado, ele já se esconde nas embaixadas de países ditatoriais, e ele mostra também o caminho que o destino dele vai ser a prisão, vai ser a cadeia".
Bohn Gass cobra consequências
No entendimento de Bohn Gass, "o que Bolsonaro está fazendo são provas que mostram o caminho que ele escolheu, que foi cometer crimes, e crime tem que ser responsabilizado". Na opinião do parlamentar, "se apresenta um único caminho agora, são restrições maiores à liberdade dele pelo perigo que ele representa da fuga, é a prisão".
Bibo Nunes: 'Bolsonaro não fez nada ilegal'
"O desespero para tentar culpar Bolsonaro é tanto que qualquer motivo, para eles, é motivo", afirmou o deputado bolsonarista gaúcho Bibo Nunes (PL). O parlamentar questiona. "Qual é o problema de ser convidado para ir à embaixada? Qual o problema? Foi convidado, ficou dois dias lá." Na opinião de Bibo Nunes, "Bolsonaro não poderia viajar, mas ele não viajou. Ele não precisou usar o passaporte, tanto é que entrou lá. Ele não utilizou o passaporte ou fez algo que precisasse do passaporte. Ele não forjou o passaporte, não fez nada de ilegal, o passaporte dele continua apreendido".
 

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