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- Publicada em 24 de Outubro de 2022 às 00:35

Disputa por votos evangélicos

juliano spyer

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/reprodução/youtube/jc
Um dos segmentos mais cobiçados pelos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) neste segundo turno das eleições é o evangélico. O escritor e antropólogo, Juliano Spyer, autor do livro "Povo de Deus, quem são os evangélicos, porque eles importam", explica a preocupação com a população evangélica. "É pelo fato deles serem, hoje, pelo menos, um terço da população, e um grupo organizado."
Um dos segmentos mais cobiçados pelos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) neste segundo turno das eleições é o evangélico. O escritor e antropólogo, Juliano Spyer, autor do livro "Povo de Deus, quem são os evangélicos, porque eles importam", explica a preocupação com a população evangélica. "É pelo fato deles serem, hoje, pelo menos, um terço da população, e um grupo organizado."
Tratamento à distância
O escritor afirma: "se você vai para qualquer periferia, não tem delegacia de polícia, não tem correios, não tem bancos, mas tem dezenas de igrejas evangélicas".
Centro cívico de atendimento
Juliano Spyer (foto) explica que "a igreja evangélica, mais do que um local para você orar, para você se conectar com Deus, tudo isso você faz, mas ela é um centro cívico. Então, se você perde o emprego, é lá que você vai buscar auxílio, se está com dificuldade para comprar coisas, se você tem um problema jurídico, se você precisa de uma carona emergencial para ir para o hospital, é à igreja que a população recorre devido à grande ausência do Estado. Os evangélicos, atualmente, são um grupo imenso. Hoje, em torno de 60 milhões de habitantes".
Articulação com os líderes
No entendimento de Spyer, "faltou comunicação e articulação com esses líderes religiosos por parte da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que subestimou esse público evangélico, já Jair Bolsonaro (PL) vem construindo, há anos, de uma forma eficiente, uma relação com a comunidade evangélica".
Revolução silenciosa
"A gente não enxerga o Brasil passando por essa revolução silenciosa que é essa troca, essa substituição da principal religião. O Brasil ainda é predominantemente católico, mas, do ponto de vista oficial, ou seja, do ponto de vista técnico, pode já ser predominantemente evangélico", argumenta o antropólogo Juliano Spyer.
Perfil único
Para o escritor, que faz pesquisas permanentes nas diversas religiões do Brasil, "não existe um perfil único no eleitorado evangélico, é uma grande colcha de retalhos, mas que tem algumas coisas em comum; por exemplo, a questão da pauta conservadora é uma coisa que produz esse tipo de aproximação".
Carta de Lula
"A carta de Lula aos evangélicos é importante, mas tenho a impressão que dada a quantidade de notícias falsas relacionadas ao que supostamente o PT faria caso assumisse o poder, isso precisa ser respondido. Não sei se o prazo é bom, estamos a poucos dias da eleição", diz.
Festival de acusações
Desde o início da campanha para o segundo turno das eleições, com a propaganda eleitoral no rádio, na televisão e nas redes sociais, a população tem visto um festival de acusações e agressões.
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