Campanha mais cara

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Os candidatos ao Senado também deverão seguir a tendência dos outros cargos e gastar mais nesse ano. Na disputa ao Senado no Rio Grande do Sul, devem ser gastos esse ano R$ 17 milhões. A quantia é a mesma prevista pelos candidatos em 2010, mas naquele ano, 12 candidatos disputavam duas vagas. Nesse ano, sete candidatos disputarão a única vaga ao cargo. Na média, cada um previu gastar R$ 1,4 milhão em 2010. Em 2014, essa média sobe para R$ 2,4 milhões por candidato. Em 2010, os 12 gastaram R$ 8,57 milhões, 50,4% a menos que o previsto. No pleito desse ano, os candidatos Beto Albuquerque (PSB) e Rubens Goldenberg (Gold), do PRP, têm o maior teto de gastos e previram gastar R$ 5 milhões cada. A candidata pelo PP, Simone Leite, pretende gastar R$ 4 milhões. Já o petista Olívio Dutra pretende gastar R$ 2 milhões. O candidato pedetista Lasier Martins aparece com um limite de gastos de R$ 0. De acordo com a assessoria do PDT, um erro técnico impediu que a previsão de gastos aparecesse na página do Tribunal Superior Eleitoral. Gold é o candidato mais rico, com R$ 1,8 milhão em bens, seguido por Lasier Martins (R$ 1,2 milhão). Olívio Dutra e Simone Leite ficam em terceiro (R$ 1,1 milhão cada).
Exame da Ordem
A Medida Provisória (MP) 641, que trata de comercialização de energia elétrica, não ficou imune aos chamados “jabutis”. No jargão político, o nome do simpático animal, parente das tartarugas, designa as emendas estranhas às propostas em discussão. Uma delas, do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), proíbe a cobrança de qualquer taxa dos bacharéis de direito para realizar o exame da Ordem dos Advogados do Brasil. A prova continua sendo obrigatória, mas passa a servir de avaliação dos cursos de direito. De acordo com o texto, as faculdades que não aprovarem 60% dos bacharéis por dois anos seguidos terão as matrículas suspensas. “Vários bacharéis não conseguem passar no exame da primeira vez. Gastam dinheiro com inscrições, pagam cursos suplementares, enfim, é uma pós-graduação de Direito com efeito de validação da graduação já obtida”, criticou o parlamentar.
Curtas
  • Ex-presidiários poderão ser contratados sem vínculo empregatício por cinco anos. Projeto de lei do deputado federal Renato Molling (PP) visa estimular a contratação de egressos do sistema penitenciário.
  • Proposta da senadora Ana Amélia (PP) permite que motoristas portadores de deficiência não paguem pedágios. “Os ônus pelo pagamento de pedágios alargam os óbices à mobilidade dos condutores com deficiência”, disse. O projeto de lei vai ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e segue ao plenário.
  • O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) aprovou financiamento de R$ 383,7 milhões para a construção de quatro parques eólicos em Palmares do Sul, a 125 quilômetros de Porto Alegre. O investimento total estimado é de R$ 488,3 milhões. O projeto é constituído por 40 turbinas com capacidade de 120 MW.