Porto Alegre, qui, 27/03/25

Anuncie no JC
Assine agora
Pensar a Cidade
Bruna Suptitz

Bruna Suptitz

Publicada em 18 de Fevereiro de 2025 às 20:10

Índice aponta mortes e prejuízo causado por eventos climáticos extremos em todo o mundo nos últimos 30 anos

Levantamento analisou bancos de dados globais entre 1993 e 2022

Levantamento analisou bancos de dados globais entre 1993 e 2022

/Gustavo Ghisleni/AFP/JC
Compartilhe:
JC
JC
Lançada na primeira quinzena deste mês, a edição de 2025 do Índice de Risco Climático aponta que quase 800 mil pessoas morreram em todo o mundo nos últimos 30 anos devido a mais de 9,4 mil eventos climáticos extremos. Danos econômicos no período totalizaram US$ 4,2 trilhões (ajustados pela inflação). As informações são da Germanwatch, organização independente de desenvolvimento, meio ambiente e direitos humanos com escritórios em Bonn e Berlim, na Alemanha.
Lançada na primeira quinzena deste mês, a edição de 2025 do Índice de Risco Climático aponta que quase 800 mil pessoas morreram em todo o mundo nos últimos 30 anos devido a mais de 9,4 mil eventos climáticos extremos. Danos econômicos no período totalizaram US$ 4,2 trilhões (ajustados pela inflação). As informações são da Germanwatch, organização independente de desenvolvimento, meio ambiente e direitos humanos com escritórios em Bonn e Berlim, na Alemanha.
O índice retrospectivo analisa como eventos climáticos extremos relacionados ao clima afetam os países e classifica as nações de acordo com os efeitos econômicos e humanos sobre elas (mortes e pessoas afetadas, feridas e desabrigadas). Os países do Sul Global foram particularmente afetados pelos impactos de eventos climáticos extremos.
Enquanto desde 1993 até 2022 países como China, Índia e Filipinas foram afetados principalmente por eventos extremos recorrentes, Dominica, Honduras, Mianmar e Vanuatu foram os mais afetados por eventos extremos excepcionais, como inundações, tempestades e ondas de calor. Com Itália, Espanha e Grécia, há três estados da União Europeia entre os dez países mais afetados no mundo nos últimos 30 anos.
O material de divulgação do relatório sustenta que "embora o índice seja compilado com base no banco de dados mais abrangente disponível publicamente, os autores apontam que os países do Sul global são provavelmente ainda mais afetados", considerando que "as consequências de eventos climáticos extremos são documentadas de forma muito mais abrangente e precisa em muitas nações industrializadas do que em países mais pobres".
O novo Índice de Risco Climático mostra que ambição e ação insuficientes na mitigação e adaptação ao clima resultam em impactos significativos, mesmo para países de alta renda. A próxima cúpula do clima (COP 30), no Brasil, deve abordar a falta de financiamento climático adicional para apoiar os mais vulneráveis ​​no aumento de suas capacidades adaptativas e abordar adequadamente perdas e danos.

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários