Todos os anos entre 2015 e 2023 alcançaram a marca de serem os mais quentes já registrados na história do planeta. O ápice do calor foi em 2023, com 1,45º C acima da média registrada antes da era industrial - muito perto da meta prevista no Acordo de Paris de manter o aquecimento em no máximo 1,5 ºC até o fim do século.
Os dados fazem parte de estudos de especialistas ao redor do mundo, que são revisados pelos pares (outros cientistas) e compõem os relatórios da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU que trata das questões climáticas.
Quando se fala de aumento da temperatura a referência é a temperatura média do planeta até a época chamada pelos cientistas de pré-industrial (para a ONU, entre 1850 e 1900). A partir de então, aumentou a emissão de gases poluentes devido ao uso de combustíveis fósseis pela indústria, nos transportes e em outras atividades humanas.
A concentração desses gases na atmosfera intensifica o efeito estufa, que é um processo natural do planeta Terra para reter o calor necessário às condições de vida. Intensificado, ele provoca o aquecimento da atmosfera e dos oceanos - o aquecimento global.
A temperatura média mais alta impacta na mudança do clima. Ondas de calor extremo, secas severas e inundações devastadoras que tomaram conta do mundo nos anos recentes são consequência disso.
Aumento médio da temperatura do planeta
(em comparação ao nível pré-industrial 1850-1900)*
- 2023 - 1,45 °C
- 2022 - 1,15 °C
- 2021 - 1,1°C
- 2020 - 1,2°C
- 2019 - 1,1°C
- 2018 - 1°C
- 2017 - 1,1°C
- 2016 - 1,1°C
- 2015 - 1°C
*FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA COM BASE EM DADOS DA ORGANIZAÇÃO METEOROLÓGICA MUNDIAL (OMM) E DO INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (INMET)