Existe um potencial econômico muito grande no Centro Histórico de Porto Alegre, diz Sérgio Stein, à frente da Spar Participações e porta-voz técnico do Pulsa RS, consórcio que fará a revitalização do Cais Mauá e a gestão da área por 30 anos. A aposta é que a integração da antiga área portuária com o bairro beneficiará também os empreendimentos da Avenida Mauá e das ruas que chegam até ela, dialogando com a aposta da administração municipal de qualificar o Centro.
Existe um potencial econômico muito grande no Centro Histórico de Porto Alegre, diz Sérgio Stein, à frente da Spar Participações e porta-voz técnico do Pulsa RS, consórcio que fará a revitalização do Cais Mauá e a gestão da área por 30 anos. A aposta é que a integração da antiga área portuária com o bairro beneficiará também os empreendimentos da Avenida Mauá e das ruas que chegam até ela, dialogando com a aposta da administração municipal de qualificar o Centro.
Um caminho para isso será a
retirada do muro, que será substituído por outro sistema de proteção contra cheias à beira do rio. Soma-se a isso a qualificação que deverá ser feita na avenida, parte da contrapartida do empreendimento prevista no Estudo de Viabilidade Urbanística. Segundo Stein, o Cais Mauá será um parque linear, com áreas verdes e de lazer, além das operações comerciais de sustentação do negócio, integrado ao contexto do Centro e a outros trechos da orla.
Passados 20 dias de quando se bateu o martelo no leilão na B3, em 6 de fevereiro, Stein recebeu jornalistas para apresentar um gostinho do que a população pode esperar para o Cais Mauá. Também falou de temas selecionados por ele - nem tudo pode ser revelado ainda, afirma, citando restrições do edital e o sigilo exigido pelo departamento jurídico como forma de preservar os parceiros, sejam os já existentes ou em potencial.
Rosto que ficou conhecido - Stein apareceu nas fotos ao lado do governador Eduardo Leite e do prefeito Sebastião Melo no dia que a sua proposta, a única, venceu o certame - o arquiteto e urbanista é moderado e fala pouco, mas convicto do passo que está dando. Destaca que é parte de uma equipe e garante
"tranquilidade na viabilidade econômica do negócio".
Atuando há 15 anos em São Paulo (justificativa para não ter sede da sua empresa em Porto Alegre até pouco antes do leilão), afirma ter trabalhado em projetos de expansão do grupo Walmart e com outras empresas, focando primeiro na proposta de negócio e somente depois no investimento imobiliário. É inclusive o que garante para o Cais: primeiro a recuperação dos armazéns, depois a incorporação do terreno das docas.
Além da integração com o Centro, estão previstas para a área dos armazéns e para o setor próximo da Usina do Gasômetro operações de cultura, arte, gastronomia, entretenimento, lazer e estudo, "várias atividades que terão vida própria". O pórtico e os dois armazéns que o ladeiam serão operados pelo governo do Estado, sem relação com o consórcio - desde que as operações lá instaladas não entrem em conflito com as atividades econômicas da concessão, aponta Stein.
Como não será construído nada do zero, a proposta é promover uma intervenção urbana que valorize a paisagem por meio do "espaço urbano planejado". Para isso, o consórcio se valerá de inspiração internacional e da parceria com a sueca
MandaWorks, que fará o Master Plan (plano diretor da área) tem no
portfólio projetos em locais banhados por água no Canadá, na China e na Alemanha.
Para avançar com a apresentação de outros integrantes do consórcio (além da Spar, foi divulgada até o momento a Credlar Empreendimentos Imobiliários, de São Paulo), Stein aguarda a homologação do leilão, o que está em andamento pela B3. A partir disso começa a contar o período de 60 a 90 dias para a assinatura do contrato.