Prédio da antiga Smov não será listado como patrimônio de Porto Alegre e deve ser demolido

Decisão do Conselho rejeitou inclusão do imóvel na lista de exemplares do modernismo na cidade; prefeitura seguirá com o leilão

Por Bruna Suptitz

Construção da antiga Smov data da década de 1970 e é uma das primeiras do Aterro Praia de Belas
A empresa que arrematar o terreno da prefeitura de Porto Alegre que fica na avenida Borges de Medeiros, 2.244, quase esquina com a avenida Ipiranga, não terá obrigação de manter em pé o prédio que está no terreno desde 1970. Em decisão de segunda-feira, dia 5 de fevereiro, o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc) rejeitou a inclusão do imóvel na lista de bens a serem preservados no município.

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Recurso da venda vai para conjunto habitacional

Durante a reunião do Compahc, na sede da prefeitura na Rua Siqueira Campos, um groupo de moradores se reuniu pedindo a liberação do leilão - isso porque uma lei de outubro do ano passado atrelou o valor de venda do imóvel à construção dos conjuntos habitacionais Residencial Barcelona 1 e 2, no bairro Humaitá. A demanda da comunidade, no entanto, é anterior à intenção da venda do imóvel, já que há pelo menos 23 anos aguardam por uma solução para o problema habitacional, que chegou a ser demanda do Orçamento Participativo da região.
O edital do leilão publicado no ano passado previa que o prédio da Smov seja leiloado pelo lance inicial de R$ 48,1 milhões - valor que, segundo o laudo de avaliação contratado pela prefeitura para a Caixa Econômica Federal, corresponde à classificação de "baixa liquidez", sugerindo que as condições do imóvel atribuem a ele valor menor que o do terreno.