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Bruna Suptitz

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Publicada em 27 de Fevereiro de 2024 às 17:08

Presidente do TST cumpre agenda em cooperativa de catadores de Porto Alegre

Ministro Corrêa (d) recebeu documento com demandas da categoria

Ministro Corrêa (d) recebeu documento com demandas da categoria

Bárbara Frank/Secom TRT-4/Divulgação JC
Selo Caminhos da Reciclagem

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Em dezembro de 2023, a Justiça do Trabalho criou um grupo de trabalho (GT) para propor melhorias nas condições trabalhistas de catadoras e catadores de resíduos recicláveis em todo o país.
{'nm_midia_inter_thumb1':'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2024/02/14/206x137/1_selo_caminhos_da_reciclagem-10473008.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'65cd20883e3e1', 'cd_midia':10473008, 'ds_midia_link': 'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2024/02/14/selo_caminhos_da_reciclagem-10473008.jpg', 'ds_midia': 'Selo Caminhos da Reciclagem', 'ds_midia_credi': 'Selo Caminhos da Reciclagem', 'ds_midia_titlo': 'Selo Caminhos da Reciclagem', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '800', 'cd_midia_h': '324', 'align': 'Left'}Em dezembro de 2023, a Justiça do Trabalho criou um grupo de trabalho (GT) para propor melhorias nas condições trabalhistas de catadoras e catadores de resíduos recicláveis em todo o país.
No âmbito dessa atuação, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Lelio Bentes Corrêa, visitou o Centro de Triagem da Vila Pinto, uma das cooperativas que atua com a separação dos resíduos sólidos de Porto Alegre, como parte da agenda que cumpre desde segunda-feira no Rio Grande do Sul.
A comitiva também teve a participação do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, desembargador Ricardo Martins Costa, e de outros magistrados, servidores e representante do Ministério Público.
Um documento com reivindicações de direitos para a categoria foi entregue aos magistrados pelo Fórum dos Catadores de Porto Alegre, com o pedido de mediação com a prefeitura na negociação de um novo contrato para as unidades de triagem.
Recebido por catadoras e catadores, o ministro Lelio Bentes Corrêa visitou a área onde o lixo seco é entregue e selecionado manualmente para então ser encaminhado à reciclagem. Ao fim da visita, o ministro conversou com a Coluna.
Jornal do Comércio - O Tribunal Superior do Trabalho criou um GT com os catadores. O que exatamente será tratado?
Lelio Bentes Corrêa - O grupo de trabalho reúne representantes da sociedade civil e da Justiça do Trabalho com o propósito de formular uma política nacional da Justiça do Trabalho de promoção do trabalho decente, no âmbito das cooperativas de reciclagem. Temas como a remuneração dos serviços, a saúde e a segurança no trabalho, a proteção social desses trabalhadores e trabalhadoras, estão sendo discutidos. A ideia é que saia do GT uma proposta de política nacional que possa ser referendada pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, órgão que normatiza a administração da justiça do trabalho em todo o país.
JC - Os contratos das cooperativas são firmados, principalmente, com o poder público municipal. Tem algo que a Justiça do Trabalho possa fazer em termos de cobrança ou orientação aos gestores?
Corrêa - Em primeiro lugar, o que Justiça do Trabalho pode fazer é dar o exemplo. A partir da demonstração do reconhecimento do valor desse serviço prestado na reciclagem, nós sinalizamos para todo o serviço público brasileiro a importância efetiva dos trabalhadores e trabalhadoras da reciclagem na promoção do desenvolvimento sustentável. Além disso, temos a nossa capacidade de mediação. Podemos trazer à mesa de negociação representantes de trabalhadores e trabalhadoras e de entes públicos e também de entes privados que se beneficiam dos serviços de reciclagem. Nada mais justo do que assegurar uma retribuição adequada e uma parcela dessa da atividade que, efetivamente, tem uma expressão econômica de grande vulto. Só que não há distribuição equânime para quem na ponta presta o serviço.

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