Leite afirma que governo não exige centro de convenções no Parque do Palácio em Canela

Lei estadual que trata da construção no parque na serra gaúcha pode ser alterada

Por Bruna Suptitz

Governador afirma que não há intenção de conceder área do parque na Serra para a iniciativa privada
“Nosso governo não tem nenhuma intenção de privatizar o Parque do Palácio em Canela. E não tem nenhuma exigência de que ali se faça o centro de convenções”, declarou o governador Eduardo Leite (PSDB) no início da tarde desta segunda-feira, 20 de março.
Questionado pela Coluna logo após palestar em reunião-almoço do Sinduscon-RS, Leite ainda sinalizou com a possibilidade de alterar a lei estadual que condicionou o repasse da administração do parque ao município à construção do espaço para eventos. Para isso, o governador diz esperar que seja definido qual uso se dará ao espaço. “Entendo que pode ser um ativo muito bem explorado ambientalmente e culturalmente”, sugere o governador.

Governo pode direcionar recursos para o parque

Na reunião com representantes da comunidade de Canela e com o vice-prefeito da cidade, Gilberto Cezar (PSDB), o governador Eduardo Leite reiterou que não há intenção de privatizar o Parque do Palácio e sinalizou um possível direcionamento de recursos do Estado para a sua manutenção. E voltou a afirmar que, caso solicitado pelo município, o governo pode alterar a contrapartida prevista na lei de doação do parque.
Presente no encontro, o arquiteto e presidente do Instituto Cultural Laje de Pedra, Márcio Carvalho, entende que Leite está alinhado com a vontade da população de manter o lugar como “um parque público voltado à cultura e ao lazer e que atenda a sociedade de Canela”.
A semana também iniciou com uma recomendação do Ministério Público (MP) Estadual ao Executivo e ao Legislativo de Canela tratando do caso. Para a prefeitura, a recomendação é que se retire de tramitação a proposta “enquanto não houver estimativa fidedigna do calor da área a ser cedida”, que é o centro de feiras. Para a Câmara, o MP recomenda que o projeto não seja votado “diante da complexidade do caso”, devendo a Casa requerer “esclarecimentos” por parte da prefeitura sobre os pontos considerados carentes de explicação.