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Pensar a cidade

- Publicada em 22 de Dezembro de 2022 às 21:40

Países firmam acordo pela biodiversidade

À parte da agenda política e econômica estadual e nacional, que na reta final do ano é tomada por notícias da transição entre governos, um tema internacional que tem impacto em assuntos locais também merece espaço na mídia. Trata-se de um acordo que envolve diversos países na preservação da biodiversidade, numa corrida por reverter o cenário de queda e desaparecimento de espécies animais e vegetais importantes para a manutenção do ecossistema - e da vida no planeta.
À parte da agenda política e econômica estadual e nacional, que na reta final do ano é tomada por notícias da transição entre governos, um tema internacional que tem impacto em assuntos locais também merece espaço na mídia. Trata-se de um acordo que envolve diversos países na preservação da biodiversidade, numa corrida por reverter o cenário de queda e desaparecimento de espécies animais e vegetais importantes para a manutenção do ecossistema - e da vida no planeta.
Até 2030, 188 governos nacionais se comprometeram em proteger 30% das terras, de áreas costeiras, dos oceanos e de águas internas. Atualmente, 17% e 10% das áreas terrestres e marinhas do mundo, respectivamente, estão sob proteção. As informações fazem parte do acordo final da COP15 da Biodiversidade, conferência realizada pela Convenção pela Diversidade Biológica, tratado da Organização das Nações Unidas criado há 30 anos com foco na proteção dos recursos naturais.
Menos conhecida que outra COP realizada em novembro deste ano no Egito, para tratar das mudanças climáticas, o encontro sobre biodiversidade aconteceu nas primeiras semanas de dezembro em Montreal, no Canadá, com organização da China. Lá estiveram reunidos negociadores que, em nome dos países que representam, definiram e 23 metas para a proteção de ecossistemas vitais a serem atingidos até o fim da década atual.
Principais pontos
 Manter, melhorar e restaurar ecossistemas, incluindo deter a extinção de espécies e manter a diversidade genética
 "Uso sustentável" da biodiversidade, essencialmente garantindo que espécies e habitats possam continuar fornecendo os serviços para a humanidade, como alimentos e água potável
 Garantir que os benefícios dos recursos da natureza, como remédios que vêm de plantas, sejam compartilhados de forma justa e igualitária e que os direitos dos povos indígenas sejam protegidos
 Investir e colocar recursos na biodiversidade: garantir que o dinheiro e os esforços de conservação cheguem aonde são necessários
O que se entende por biodiversidade
 Biodiversidade, ou diversidade biológica, é a variabilidade dos seres vivos que compõe a vida na Terra. Abrange as cerca de 8 milhões de espécies do planeta (de plantas e animais a fungos e bactérias), os ecossistemas que as abrigam (como oceanos, florestas, ambientes montanhosos e recifes de corais), bem como a diversidade genética encontrada entre eles.
 A biodiversidade garante que tenhamos solo fértil e variedade de alimentos, incluindo frutas e vegetais para comer. É a base da maioria de nossas indústrias e meios de subsistência. Também ajuda a regular o clima por meio do armazenamento de carbono e da regulação das chuvas locais.
 Além disso, a diversidade biológica é parte integrante dos principais setores de desenvolvimento que modulam os resultados de saúde direta ou indiretamente, como farmácia, bioquímica, agricultura e turismo.
Observatório Global da Biodiversidade do Solo
 A COP15 marcou o lançamento do Observatório Global da Biodiversidade do Solo, acordo que prevê aos países o monitoramento da diversidade biológica do solo em locais definidos. Para isso, seguirão metodologias e protocolos padrão da rede técnica do observatório. Este trabalho subsidiará o desenvolvimento de políticas públicas, a promoção de boas práticas e a capacitação nacional no uso de ferramentas e métodos para avaliar e manter a saúde do solo, garantindo sua conservação e a condição adequada do ecossistema a ele ligado. As informações são do portal da Embrapa.
 

Ecossistema de referência mundial, Taim teve um terço da sua área atingida por incêndio

Estação Ecológica do Taim - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio - incêndio - fogo - rio grande - santa vitória do palmar - reserva ecológica - meio ambiente

Estação Ecológica do Taim - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio - incêndio - fogo - rio grande - santa vitória do palmar - reserva ecológica - meio ambiente


/ICMBio/Divulgação/JC
Durou uma semana e foi extinto na sexta-feira passada, dia 16 de dezembro, o fogo que atingiu a Estação Ecológica do Taim, entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, no Sul do Estado. A origem das chamas foi um raio que encontrou a vegetação seca e se espalhou facilmente pela ação do vento.
Neste período, um terço da área foi atingida - 11.928,84 hectares dos quase 33 mil que formam a reserva. A informação é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pelo cuidado da reserva. A Divisão de Informações Geoespaciais e Monitoramento do ICMBio indicou nove pontos de concentração de fauna, sem registro de animais feridos ou mortos.
O banhado do Taim é considerado uma das principais áreas úmidas do planeta, com reconhecimento pela Convenção de Ramsar, acordo internacional sobre áreas úmidas. A umidade existente no solo fez com que as raízes não fossem atingidas, o que deve permitir a rápida recuperação das plantas.
Deste que é o maior incêndio a atingir a reserva do Taim desde a sua criação, em 1986, se destaca o trabalho dos brigadistas do ICMBio, que contou com apoio do Corpo de Bombeiros Militar, da Brigada Militar e Polícia Civil do Estado, reforçando o papel dos órgãos ambientais na preservação da biodiversidade.