{{channel}}
Pesquisa do JC orienta conteúdo da coluna Pensar a cidade: Ideias sustentáveis
Leitores indicam o que esperam da imprensa na cobertura ambiental
Orientação sobre como e de quem cobrar atitudes para que a proteção ao meio ambiente seja efetiva é o que os leitores do Jornal do Comércio mais esperam ler na imprensa sobre essa a pauta. A busca é também por informação das medidas que o poder público esteja adotando para estimular a preservação e exemplos locais de grupos com ações ligadas à sustentabilidade.
Os dados foram coletados entre junho e julho em questionário online elaborado para conhecer melhor o público e assim orientar a produção do conteúdo para o espaço "Ideias sustentáveis", desdobramento da coluna Pensar a cidade que tem agora uma página no JC dedicada a abordar a relação do meio ambiente, das mudanças climáticas e da gestão dos resíduos sólidos (lixo) com os espaços urbanos.
Além de apontar que conteúdo esperam encontrar na página, os leitores responderam o que consideram errado na abordagem da mídia sobre temas ligados ao meio ambiente. Três em cada quatro respostas criticam a imprensa por não dar continuidade a um assunto ou não atualizar sobre ações noticiadas. A insatisfação ecoa na falta de informação sobre como agir em relação a um problema apresentado e por deixar a cobertura ambiental para momentos especiais, sem integrar a pauta com o restante do noticiário.
A proposta de realizar o questionário antes de iniciar a publicação surgiu com a intenção de integrar os leitores da coluna ao trabalho. Por meio das respostas ficamos sabendo que se buscam notícias que informem o que as empresas estão fazendo em relação aos temas da coluna e dicas do que fazer pelo meio ambiente na convivência com a cidade. Sobre a forma de comunicar, as respostas indicam que se busca explicação mais aprofundada de temas já conhecidos, ao mesmo tempo que se espera uma abordagem simplificada de termos técnicos.
Percepção do público
97% acreditam que as cidades têm papel em ações de preservação ambiental e para 93% os governos locais não estão fazendo a sua parte na pauta ambiental
Sugestões de temas que apareceram no questionário
- Dicas de reciclagem e separação do lixo
- Insistir em gestão dos resíduos sólidos - o assunto não está claro para quase ninguém
- Abordar o tema da poluição luminosa nas cidades
- A relação da cidade com o mundo na pauta ambiental
- Valorizar as ações de preservação
- Apoiar a realização de políticas pró-preservação e mitigação das mudanças climáticas
- Temas e exemplos de governança participativa
- Entrevistas com dirigentes de entidades, empresas, ativistas que apresentem seus cases e como as pessoas, se desejarem, podem apoiar
- Entrevistas e reportagens com os grupos ambientalistas que já existem e noticiar as suas principais pautas e propostas
- Ir além da perspectiva do indivíduo na governança ambiental
- Indicar responsabilidades, funções, atuações
- Esclarecer as responsabilidades públicas na implementação de leis e na sua fiscalização
- Exemplos de empresas, cidades, pessoas que atuam pela pauta da sustentabilidade
- Dar exemplos e cobrar pessoas públicas
- Fiscalizar mais de perto o poder público e a especulação imobiliária
- Reflexão sobre edificações, ordenamento do solo e mudanças climáticas
- Analisar os diversos planos e empreendimentos imobiliários da cidade sob a ótica da proteção ambiental
- Tratar da revisão planos diretores das cidades região metropolitana pelo viés ambiental
- Medidas estruturais possíveis em termos de planejamento urbano
- sustentabilidade, mudanças climáticas, redução de gases poluentes x densidades e usos do solo x áreas ambientalmente sensíveis
- papel dos espaços públicos, áreas verdes, áreas livres X modais de transporte de massa e modos ativos
- Não tratar a sustentabilidade apenas como uma palavra vazia, uma varinha de condão que falsamente empresta um caráter positivo a ações que carregam impactos ambientais em diferentes níveis
- Não tentar "converter" os já "convertidos"; apresentar problemas profundos com uma linguagem acessível e objetiva, de modo a esclarecer e conquistar os que desconhecem a seriedade do problema - os "não convertidos"