Como fazer com que as mídias sociais sejam uma ferramenta para alavancar os negócios foi tema da palestra de Rafael Kiso durante o RD Summit, evento de marketing digital que ocorre até sexta-feira (10) em São Paulo. Kiso é fundador e CMO da Social mLabs.
Ele iniciou sua palestra perguntando o que era mais relevante: engajamento ou vendas? Segundo o especialista, muitas marcas se preocupam em atrair mais seguidores de forma aleatória. A chave para o sucesso, no entanto, é ter um público que se identifique com o conteúdo.
O conteúdo, aliás, tem que ser encarado como um produto pelas empresas. “Alguém pagaria, pelo menos, R$ 1,00 para ler esse post?”, provocou, sugerindo que os profissionais se perguntem isso constantemente. Ou seja, o ideal é gerar relevância.
Kiso recomendou que as marcas façam testes e não apenas sigam o que todo mundo faz para se dar bem em redes como Instagram, Facebook, X e TikTok. “Temos que ter uma mentalidade de testes. Conectar dados de fontes diferentes e transformar isso em informação”, apontou.
Há, por exemplo, estudos que listam os melhores horários para posts, porém, Kiso desafiou o público a fugir deste “congestionamento”. Quem sabe postar antes para que na hora do pico a postagem já esteja sendo entregue de forma satisfatória?
Para que uma marca seja lembrada, afirma o especialista, ela precisa aparecer, no mínimo, duas vezes por semana para o público. Então, é preciso estar sempre atento ao número de impressões, pois elas indicam a quantidade de pessoas que estão vendo as publicações.
Um dos maiores erros dos profissionais de marketing, para ele, é olhar para os dados apenas no dia da reunião corporativa. Ele comparou com o painel de controle de um carro, que indica os níveis de gasolina, velocidade e temperatura. Algo para monitorar sempre.
Kiso também acredita que deve-se separar alguns minutos do dia para responder comentários e provocar mais respostas. Isto aumenta o alcance.
O modelo de negócio das redes sociais, salientou durante sua apresentação, é baseado na atenção dos usuários. Portanto, marcas e contas que produzam conteúdo que prenda o espectador ganharão cada vez mais visibilidade, pois é de interesse das companhias de tecnologia que os olhares permaneçam ali. “Quando eu crio um conteúdo que retém usuários, a rede vai adorar distribuir”, expôs.