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Olhar da Fé
Dom Jaime Spengler

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Publicada em 09 de Agosto de 2024 às 17:03

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Confira a coluna Olhar da Fé

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Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos
Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos
Ao longo do mês de agosto, temos a oportunidade de acompanhar vários escritos voltados para o tema das vocações. Este assunto não se esgota, continua sendo atual e reflexivo a cada ano, proporcionando em rodas de conversas, no âmbito familiar, paroquial, escolar, oportunidade para uma maior interação para com o tema das vocações.

É certo que recebemos de Deus, pelo batismo, uma vocação; somos vocacionados do Pai. Ressoa fortemente ainda em nossos ouvidos a passagem de Lucas 5, onde Jesus à margem do lago de Genesaré convida os pescadores a lançarem as redes para águas mais profundas. A resposta a este desafio foi de confiança em que Pedro ligeiramente responde: “em atenção a tua palavra, vou lançar as redes”.

No mundo em que vivemos somos constantemente desafiados pelo Senhor da Messe a continuar lançando as redes. Como batizados somos convidados a acreditar neste chamado e nos colocarmos a serviço da Messe, não somente respondendo, mas sendo instrumentos de chamamento. Se não chamarmos e não desafiarmos nossos jovens, o mundo chamá-los-á e certamente os desafiará.

A Igreja convida os cristãos a dobrar os joelhos e unir as mãos para rezar pelas vocações, não somente no mês vocacional, mas sempre lembrarmos das vocações, tendo presente que o mês de agosto é um dos momentos fortes para refletir o tema. Iniciamos o mês rezando pela vocação sacerdotal, depois lembramos dos pais, dos religiosos (as), dos leigos (as). Vivemos dentro de uma Igreja vocacional e ministerial. Diante desta responsabilidade, somos convidados em tornar nossas comunidades responsáveis pelas vocações.

Este amadurecimento da responsabilidade pelas vocações se dá a partir do Concílio Vaticano II, em que se percebe um amadurecimento dentro da dinâmica de crescimento e de corresponsabilidade entre o clero e os leigos, nos trabalhos de discernimento vocacional.

Poderíamos nos perguntar quem são os beneficiários de todo trabalho vocacional? Primeiramente os jovens, sem deixar de reconhecer que todas as gerações são beneficiadas. Como somos todos agraciados pela reflexão, devemos pensar seriamente se estamos respondendo a nossa vocação. A resposta à vocação se dá no serviço do Reino de Deus, que se manifesta nas relações humanas, na família, na sociedade e na comunidade.

Com a conscientização de que somos todos responsáveis pelo despertar e pelo cuidado para com as vocações, reconhecemos que ainda há muito trabalho a ser realizado, mas também percebemos que muto é realizado. O acompanhamento vocacional abre os horizontes na compreensão e na resposta ao chamado, desmistificando o tema das vocações. A importância da compreensão não vem só incentivar para a vida religiosa, masculina e feminina, mas também para todas as vocações existentes.
A necessidade de preparar bons leigos e boas famílias é também papel do serviço de animação vocacional (equipes vocacionais) em nossas comunidades. As equipes vocacionais são formadoras, muitas vezes formadas por jovens, casais, religiosos (as) e leigos comprometidos para com as vocações. Que as nossas comunidades se sintam responsáveis no cultivo das vocações.

Bispos Auxiliara da Arquidiocese de Porto Alegre/RS

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