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Ivan Mattos

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Publicada em 18 de Março de 2025 às 15:31

Elis Regina ganha tributo apoteótico na Casa de Cultura em Porto Alegre

Laila Garin fez o público porto-alegrense cantar em coro os sucessos de Elis Regina

Laila Garin fez o público porto-alegrense cantar em coro os sucessos de Elis Regina

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Desde antes das 18h desta segunda-feira, 17 de março, a Travessa dos Cataventos, na Casa de Cultura Mario Quintana, recebia um público cada vez maior que ia chegando, querendo se acercar ao máximo do pequeno palco armado na confluência com a rua Siqueira Campos. Eram fãs de todas as idades que tinham vindo reverenciar mais uma vez o legado de uma voz imortal. Elis Regina Carvalho Costa, nascida no IAPI há 80 anos, e que morreu há 43, foi eleita pelo povo a sua maior cantora, a sua voz definitiva quando o assunto é amor, protesto, lamento, irreverência, posicionamento político, social, cultural ou ambiental. Universalidade e atualidade são óbvios nas escolhas de Elis e agora, nas de Laila Garin, a baiana que viveu a cantora gaúcha no espetáculo Elis, a musical, apresentado em duas temporadas em Porto Alegre.O múltiplo repertório da menina que sangrava quando ainda dava seus primeiros acordes nos programas de rádio, que cresceu, criou coragem e enfrentou a perversa engrenagem do mundo artístico e extremamente masculino, se provou definitivo. Venceu a tudo e a todos. Dobrou inclusive a eternidade.
Desde antes das 18h desta segunda-feira, 17 de março, a Travessa dos Cataventos, na Casa de Cultura Mario Quintana, recebia um público cada vez maior que ia chegando, querendo se acercar ao máximo do pequeno palco armado na confluência com a rua Siqueira Campos. Eram fãs de todas as idades que tinham vindo reverenciar mais uma vez o legado de uma voz imortal.

Elis Regina Carvalho Costa, nascida no IAPI há 80 anos, e que morreu há 43, foi eleita pelo povo a sua maior cantora, a sua voz definitiva quando o assunto é amor, protesto, lamento, irreverência, posicionamento político, social, cultural ou ambiental. Universalidade e atualidade são óbvios nas escolhas de Elis e agora, nas de Laila Garin, a baiana que viveu a cantora gaúcha no espetáculo Elis, a musical, apresentado em duas temporadas em Porto Alegre.

O múltiplo repertório da menina que sangrava quando ainda dava seus primeiros acordes nos programas de rádio, que cresceu, criou coragem e enfrentou a perversa engrenagem do mundo artístico e extremamente masculino, se provou definitivo. Venceu a tudo e a todos. Dobrou inclusive a eternidade.
Pela voz potente de Laila Garin, com a parceria da pianista, Claudia Eliseu e de Taís Ferreira, no violoncelo, o que se viu e ouviu nesta segunda-feira, no pequeno palco da CCMQ, não se parecia em nada com alguém disposta a desaparecer no infinito do cancioneiro popular do Brasil.

Elis ainda pulsa, vibra, surpreende, produz energia, congrega multidão, faz todo mundo cantar junto como se fosse uma cantora atual. Seu repertório diz muito do que se vive, do que se faz, do que se sente e do que se é.
Fascinação, Arrastão, Atrás da porta, Madalena, Casa no Campo, Querelas do Brasil, O bêbado e a equilibrista, Conversando no bar, Só tinha de ser com você, Aos nossos filhos, Como nossos pais são alguns exemplos do que ainda somos e vivemos e cantamos uma vez mais em uníssono.
De onde estiver, Elis deve gostar de ver que ainda tem gente jovem reunida erguendo a voz e os braços cantando tudo o que tinha de ser. Elis Vive!

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