Fãs da marca de fast-food em Porto Alegre têm agora um caminho para matar a vontade de comer pedaços de Pizza Hut. Apenas o Aeroporto Internacional Salgado Filho tem filial da rede de fast-food. As últimas quatro unidades de rua da marca na Capital e que faziam tele-entrega amanheceram fechadas nesta terça-feira (1 de fevereiro).
As lojas na rua Pedro Ivo, no bairro Mont'Serrat, na Praça Libanesa, no Jardim Lindoia, na avenida Protásio Alves, no Rio Branco, e na avenida Coronel Marcos, em Ipanema, trabalharam até o fim da noite dessa segunda-feira (31) com delivery e serviço local, caso da unidade de Ipanema.
No Estado, agora são duas no aeroporto, sem delivery,
uma em Canoas, que não faz tele-entrega na Capital, e uma em Passo Fundo. No Salgado Filho, é um franqueado que atua mais em terminais de passageiros.
A identificação da Pizza Hut nas fachadas nos endereços foi retirada pela manhã, informa o agora ex-franqueado da rede por 23 anos e que chegou a ter oito pontos abertos, incluindo duas cidades do interior, o empresário e ex-presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky.
"O fechamento estava programado. Venceram os contratos e não tinha interesse em continuar. Encerrei a relação. É simples", conta o ex-franqueado, citando que o fim da relação vinha sendo conversado há anos.
"Acabou super bem", completa, indicando que não tinha mais interesse em seguir com a franquia e que tem outros planos em mente na área de negócios e mentoria.
Um dos quiosques da Pizza Hut no aeroporto fica na área de embarque, perto dos portões 117 e 118. Foto: Patrícia Comunello/JC
As opções da marca ficam na praça de alimentação do Salgado Filho, que pode ser acessada por qualquer pessoa, e dentro do terminal de embarque, próximo aos portões 117 e 118, que apenas quem vai viajar ou desembarcou de voos pode aproveitar para dar uma parada e pedir algum item no quiosque.
Os 40 funcionários que atuavam nos quatro pontos agora fechados foram demitidos. O empresário diz que as decisões já estavam sendo compartilhadas com o quadro e que buscou indicar alternativas de trabalho.
O franqueado chegou a ter unidades em shopping centers, como Praia de Belas e Iguatemi. Antes do bloco de quatro últimas encerradas esta semana, haviam fechado a da rua Castro Alves, quase avenida Goethe, em 2019, e da rua Visconde do Herval, no Menino Deus, em junho de 2021. A do Menino Deus sucedeu a do Praia de Belas, que fechou há mais de dez anos, recorda Chmelnitsky.
"Quando os contratos terminavam no imóvel, fechava, e buscava outros pontos". Sobre o futuro da marca na Capital, Chmelnitsky não sabe como será ou se outros franqueados podem abrir unidades.
Em meados de 2019, reportagem do
Jornal do Comércio informou que a rede
tinha plano de expansão mais 11 lojas no Rio Grande do Sul até 2020. As novas unidades seriam abertas em Santa Maria, Canoas, Gravataí, Pelotas, São Leopoldo e Porto Alegre. Houve abertura em Canoas e no aeroporto. Depois, veio a pandemia.
O operador chegou a ter duas lojas fora de Porto Alegre. Um foi em Caxias do Sul, fechada em 2016, e outra em Pelotas, que ficou aberta apenas um ano e foi desativada em 2019.
"Foi muito difícil no interior por questões culturais. A loja de Pelotas era lindíssima e ficava em um local privilegiado. O investimento foi de mais de R$ 1 milhão", conta o empresário.
Nas cidades, a disputa com lanches rápidos como xis-burger e bauru teria sido a barreira à pizza norte-americana.
Em Porto Alegre, o empresário lembra que os sabores mais pedidos eram corn&bacon e calabresa.
"Eu gosto mais da corn&bacon, com borba ou massa artezanale", comenta. Agora só no aeroporto.