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Havan abre em Porto Alegre e exibe 'atrasômetro' da primeira loja
Loja é 13ª da marca a abrir no Rio Grande do Sul e tem atração da réplica da Estátua da Liberdade
PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
O dono da rede catarinense Havan, Luciano Hang, deu o tom da estreia da primeira loja em Porto Alegre, ao aportar na inauguração (vídeo abaixo mostra imagens do evento para funcionários e convidados) na sede do empreendimento na Zona Norte, avisando:
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O dono da rede catarinense Havan, Luciano Hang, deu o tom da estreia da primeira loja em Porto Alegre, ao aportar na inauguração (vídeo abaixo mostra imagens do evento para funcionários e convidados) na sede do empreendimento na Zona Norte, avisando:
"Hoje é um dia histórico". Depois, no palco onde falou para dezenas de funcionários que usavam máscara, mas estavam bem próximos, desrespeitando protocolos de distanciamento, e convidados - alguns sem máscara, Hang apresentou, em um telão, o 'Atrasômetro', ao som do brado Alleluia! Alleluia!.
VÍDEO MINUTO VAREJO: Inauguração reúne funcionários e convidados
"O atrasômetro são 8.030 dias que esperamos para inaugurar a loja", explicou o empresário, sem a proteção no rosto, e que aumentou sua popularidade nacionalmente pelas críticas à burocracia do setor público e ao apoio declarado ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
A identificação é reforçada pela estampa da bandeira do Brasil em materiais, como as máscaras usadas pelos empregados no rito de estreia às sacolas que embalam os produtos comprados na loja.
Os donos responsabilizam a gestão petista, em 1999, pelo insucesso na obtenção de licenças. "Esperamos por 22 anos um alvará. Para nós, é liberdade de poder construir e gerar empregos em Porto Alegre", resumiu Hang.
"Hoje é 12+1", respondeu sobre a unidade, evitando falar no número 13, que é associada àsigla do Partido dos Trabalhadores (PT). Detalhe: a abertura da filial foi nesta quinta-feira (12), véspera desta sexta-feira, 13. Até o fim de 2021, mais sete lojas serão abertas, duas no Rio Grande do Sul, segundo a rede, que tem 163 pontos no País e agora 13 no Estado.
A unidade porto-alegrense somou investimento de R$ 40 milhões, o dobro de outras do mesmo porte da bandeira devido a soluções de engenharia construtiva que foram aplicadas para erguer a estrutura no terreno, que já foi área alagada, usada para cultivo de lavoura de arroz irrigado. Ainda faltam arremates na execução do projeto, como a lâmina de água na área em frente.
Painel do 'Atrasômetro' contabilizou 8.030 dias que teria sido a espera para abrir a loja. Foto: Patrícia Comunello/JC
Receitas não geradas e críticas pela demora
Hang também mostrou um segundo painel, no qual é listada a receita que teria deixado de ser gerada no período que a filial deixou de operar na Capital. A rede usou como referência uma unidade no mesmo padrão, que poderia servir de comparação, que fica em Curitiba, disse o empresário.
O total seria de R$ 2,4 bilhões, que computa R$ 2,1 bilhões de compras de fornecedores (R$ 1,74 bilhão) e impostos das três esferas (quase 350 mihões). Ainda seriam gerados quase R$ 307 milhões entre salários, encargos, energia e outros gastos.
A unidade abriu ao público na manhã desta quinta-feira com forte movimento, filas de carros no acesso pela avenida Assis Brasil e muita gente aproveitando para tirar fotos com a réplica da Estátua da Liberdade e a fachada de arquitetura clássica inspirada na Casa Branca, ao fundo.
"Depois de 22 anos, estamos inaugurando. E, lá no fundo, todo mundo vai embora do Rio Grande do Sul. Eu estou na contramão", arrematou Hang, para delírio da plateia.
Melo entregou a Hang a primeira carta do empreendedor, que pretende prestigiar novos negócios. Foto: Alex Rocha/PMPA
No ato, na noite dessa quarta-feira (11), que atraiu o prefeito Sebastião Melo, o vice-prefeito Ricardo Gomes, vereadores e dirigentes do varejo, o dono da Havan recordou que, em 1999, apresentou o projeto à gestão de Raul Pont (PT, 1997-2000) e que sua pretensão era de erguer e abrir a unidade em outubro daquele ano.
O empresário contou que teria enfrentado dificuldades para o licenciamento e que até a estátua não seria possível de ser instalada devido à construção de uma elevada que estava sendo prevista para a região. O terreno fica a 200 metros do encontro da Assis Brasil com a BR-290 (freeway). Havia também um imbróglio jurídico envolvendo so donos da área para fazer o desmembramento, o que ocorreu nos anos recentes.
O ex-prefeito do PT garantiu que não tomou conhecimento do projeto e que "nunca tivemos problema com nenhum investidor sério que viesse a Porto Alegre". "É pura invenção do sujeito (dono da Havan). Ele quer fazer disputa política", reage Pont, que faz questão de citar dois empreendimentos negociados no seu governo: o Carrefour, no bairro Passo d'Areia, e o BarraShoppingSul.
Sobre eventual restrição à estátua, o ex-deputado estadual recorda que o Plano Diretor previa o traçado da Quarta Perimetral na região, mas que a obra não estava sendo implantada. Sobre o símbolo que vai na frente das lojas, o ex-prefeito diz apenas: "Acho a estética da estátua cafona e ridícula, que nada tem a ver com o Brasil".
Mobilização para resgatar projeto foi em 2018
Em 2018, o assunto da frustração e recuo sobre a instalação voltou à pauta durante a maior feira de tendências do varejo do mundo, a NRF Show, em Nova Iorque. Em janeiro, o presidente do Sindilojas de Porto Alegre, Paulo Kruse, provocou Hang sobre a loja, o empresário deu declaração culpando a gestão do PT e ainda reclamou da demora em licenciar projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), no Estado.
O governador na época José Ivo Sartori (MDB, 2015-2018) entrou em campo e agilizou a tramitação das PCHs, que obtiveram licença e somam R$ 400 milhões, disse Hang. Na Capital, Kruse capitaneou os contatos com o prefeito em 2018, Nelson Marchezan Júnior (PSDB, 2017-2020) e foi á loja para o ato e comentou sobre a chegada da bandeira:
"Mostra que as empresas de varejo sabem do potencial do Estado e de Porto Alegre e querem investir aqui".
Hang lembrou do esforço de Marchezan no evento e também Sartori pelo destravamento dos empreendimentos.
Melo chegou a citar o antecessor no processo para o licenciamento da obra, que foi feito em 2020. O prefeito atual fez ainda a entrega de uma carta que será entregue a cada empreendedor que abrir negócio na Capital. "Seja pequeno, médio ou grande, ele vai receber (carta) porque somos amigos do empreendedor", explicou Melo.
A abertura da loja reforça investimentos do varejo no Estado. A Via, dona das marcas Casas Bahia e Ponto, também terá expansão no mercado gaúcho, prevendo 50 unidades até fim de 2022. A gaúcha Lojas Colombo vai aumentar em 17 filiais no mesmo prazo, que incluem não só o Rio Grande do Sul.
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