"Apesar da enchente de 2024, as franquias tiveram crescimento de 4,6% na receita", cita o diretor da Feira da Franquia, Arvid Auras, para dar o tom à edição que começa nesta sexta-feira (25) no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, na Zona Sul de Porto Alegre. A mostra, que não ocorreu no ano passado justamente devido à cheia, funcionará das 14h às 20h, nesta sexta e sábado, e das 14h às 19h, no domingo.
O saldo, mesmo para operações que tiveram unidades fechadas e tendo de ser remontadas, é considerado positivo e deve animar os três dias do evento, que terá 120 marcas e todo um cardápio de orientações e palestras para formar entrantes no ramo ou quem quer expandir unidades ou mesmo diversificar para novas atividades.
Auras projeta elevação de 12% a 16% no faturamento em 2025 dos franqueados, desempenho que ele associa à segurança para quem atua ou quer estrear com alguma operação.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor teve alta de 13,5% na receita no ano passado, que chegou a R$ 273 bilhões. A previsão era de 10%.
O diretor da feira, considerada a maior no Sul do Brasil, diz que a demanda por abertura de unidades é pulverizada por setores, desde beleza, saúde, academias, petshops e alimentos. Os investimentos partem de R$ 28 mil até R$ 3,3 milhões.
"A demanda não para. Academia, que pode exigir aporte de mais de R$ 3 milhões, continua com procura forte, mesmo que seja para uma unidade", assinala Auras. As razões que influenciam a busca pelos negócios também são diversas.
"Muitos têm um negócio já e querem diversificar e tem quem quer empreender mesmo, que tem um recurso no banco e quer ter a franquia como fonte de renda", exemplifica o diretor. A programação da mostra foca muito em palestras que ajudam principalmente quem está começando a lidar com o mundo de franquias.
Outro perfil que também ganha força é de quem tem empresas e quer migrar para franquia para poder crescer. A transformação para o modelo também exige muito profissionalização. Auras comenta que as preocupações de quem opera na área hoje estão muito concentradas na conjuntura, sobre definições de política econômica, evolução de juros e inflação e impactos para custos.