Com novo atacarejo no Rio Grande do Sul recém aberto e outro a caminho até agosto, um dos grupos catarinenses que entraram no mercado gaúcho nos anos recentes quer dobrar de tamanho até 2026 e mudou o plano de onde abrirá a esperada loja em Porto Alegre. Em 2024, o grupo Pereira chegará a seis unidade o seu Fort Atacadista. No ano que vem, a meta é chegar a 10, abrindo mais quatro filiais do atacarejo.
"Vamos terminar este ano com seis lojas e queremos abrir quatro no que vem para chegar a dez unidades", o diretor comercial, Lucas Pereira. Além da Capital, o grupo, sétimo na cena nacional de supermercados e com faturamento de R$ 15,3 bilhões em 2024 - mais que o dobro do primeiro colocado gaúcho, o Grupo Zaffari -, escolheu Erechim, na divisa com o estado vizinho, para ter uma das lojas do formato em 2026. Falta definir mais duas cidades.
O investimento por loja é de R$ 50 milhões. Este ano serão R$ 100 milhões, entre o Fort aberto esta semana em Novo Hamburgo e o próximo, em Gravataí, também na Região Metropolitana. A quinta loja, que já funciona no bairro Operário, no maior município do Vale do Sinos, é embalada pela condição de consumo: "É uma cidade super pujante, tem poder de compra alto e renda", resume Pereira.
Depois de Novo Hamburgo, quinta da rede catarinense (foto), virá a sexta em Gravataí até agosto
GRUPO PEREIRA/DIVULGAÇÃO/JC
No Rio Grande do Sul, são duas filiais, mas no plano geral dos grupo, o Pereira prevê 10 a 14 lojas, entre a sede, Mato Grosso do Sul e São Paulo, com aporte estimado de R$ 1 bilhão. No longo prazo, nos próximos anos, o grupo já mostrou a intensão de ter 15 a 20 filiais no Estado.
O diretor comercial não abandonou a meta, mas condiciona "a velocidade, tanto no Estado como em outras praças, a encontrarmos os terrenos certos nas cidades certas". "Novo Hamburgo, foi um achado", qualifica Pereira. A loja na rua 24 de maio, 368, com a avenida Nações Unidas, tem 10 mil itens no mix, 200 empregos diretos e mais de 300 vagas de estacionamento.
“A filial reforça nossa posição no Rio Grande do Sul como um mercado estratégico”, arrematou o executivo, que integra a família proprietária do grupo.
Na Capital, a varejista licenciou a instalação de uma unidade na avenida Manoel Elias, na Zona Norte. A coluna Minuto Varejo chegou a noticiar. O que atrapalhou os planos do Pereira foi a chegada de mais concorrentes. O Stok Center abriu, em 2024, muito perto do terreno que o grupo tinha licenciado, na Manoel Elias também. O Grupo Zaffari está prestes a estrear seu atacarejo Cestto, na vizinhança, na avenida Protásio Alves.
"Não vamos mais construir. Já não é mais o ponto ideal. Temos um outro ponto em Porto Alegre, que está em estudo de viabilidade. Se tudo der certo, abre no ano que vem", revelou o varejista, sem informar onde é o novo endereço.
Uma das apostas da bandeira é área de açougue com cortes, incluindo mais serviço
GRUPO PEREIRA/DIVULGAÇÃO/JC
A Capital tem algumas limitações para localização de empreendimentos de maior porte, como o perfil do Fort, com cerca de 5 mil metros quadrados de loja. Lei municipal limite em 2,5 mil metros quadrados a área de venda de supermercado dentro do perímetros mais adensados, ou seja, com maior concentração de atividades comerciais e população. A fronteira dessa restrição se situa mais nas bordas, justamente nos limites onde estão unidades na Zona Leste e Norte, como perto da Fiergs.
O Pereira entre no Estado em 2023, por Canoas, e hoje está ainda em Viamão, Caxias do Sul (onde ergueu a unidade mais cara do grupo, que exigiu R$ 200 milhões) e Santa Cruz do Sul, além de Centro de Distribuição em São Leopoldo. O braço que vende para atacado deve entrar em operação, segundo Pereira, quando houver maior número de lojas.
Dados da Nielsen aponta que a bandeira de atacarejo tinha 10% do mercado do formato no Estado com quatro unidades, segundo dados da Nielsen. O grupo espera chegar a 15% de participação com as seis lojas até o fim de 2025, projeta Pereira.