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Patrícia Comunello

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Publicada em 23 de Março de 2025 às 23:09

Exigência de manter funcionários na compra do Nacional é do Carrefour, diz sindicalista

Rede teve venda de 13 lojas até agora com o quadro completo, mas faltam 26 unidades para negociar

Rede teve venda de 13 lojas até agora com o quadro completo, mas faltam 26 unidades para negociar

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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"É uma relação comercial", definiu o presidente da Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul (Fecosul), Guiomar Vidor, sobre qualquer mudança na condição de que, para comprar pontos do Nacional, é preciso assumir o quadro de funcionários. A exigência é do Carrefour, que tem hoje 26 das 39 unidades situadas no Rio Grande do Sul ainda sem venda definida.
"É uma relação comercial", definiu o presidente da Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul (Fecosul), Guiomar Vidor, sobre qualquer mudança na condição de que, para comprar pontos do Nacional, é preciso assumir o quadro de funcionários. A exigência é do Carrefour, que tem hoje 26 das 39 unidades situadas no Rio Grande do Sul ainda sem venda definida.
O presidente do grupo Asun, sétimo supermercadista gaúcho, Antônio Ortiz Romacho, disse, em entrevista à coluna Minuto Varejo, que a permanência do quadro "emperrou" a compra de seis lojas que o grupo tinha interesse em ficar. O Asun já arrematou pontos do Carrefour, quando acertou a aquisição de unidades do Maxxi-Atacado (extinta) e Nacional, mas em outro negócio. Vidor reforça que a medida, eventual negociação sobre isso, "não está sobre o controle do sindicato":
"Bem que gostaríamos de ter, vamos dizer assim, esse poder de definição", admite o sindicalista, que dirige negociação neste momento para maior indenização dos empregados que poderão ser demitidos caso filiais do supermercado sejam fechadas. O Carrefour já oficializou, em seu balanço de resultados de 2024, que vai encerrar as lojas que não forem negociadas até junho. Com isso, as dispensas serão inevitáveis. "Antes da reforma trabalhista, havia obrigatoriedade da empresa de negociar com os sindicatos qualquer tipo de demissão coletiva, no caso de fechamento de empresa também, como nesse caso", compara Vidor, que também preside a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Rio Grande do Sul. 
"Acho que o Carrefour, na verdade, quer se livrar do passivo trabalhista, por isso que está fazendo essa exigência. Mas isso não tem relação nenhuma com a negociação que estamos fazendo", esclarece o sindicalista. Mas Vidor considera que a condição é adequada e garante que seria o pedido também do setor, para que a varejista "vendesse as lojas com todos os trabalhadores, transmitindo todos os seus direitos para os novos proprietários". O presidente da Fecosul cita que a manutenção do quadro ocorreu nas tratativas já feitas de venda para outros supermercadistas, como as 11 lojas para o grupo Nicolini, que aguarda avalia do Cade, e uma para o Kern e outra para o Viezzer. "Todas foram vendidas junto com os seus trabalhadores, sem rompimento de vínculo". 

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