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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 24 de Março de 2025 às 00:50

"A gente quer reconstruir o bairro", diz empreendedor que compra prédios vazios

Depois de abrir o Cais Rooftop, na esquina com a Mauá, a Recons já trabalha na reforma do Cais Fratelli

Depois de abrir o Cais Rooftop, na esquina com a Mauá, a Recons já trabalha na reforma do Cais Fratelli

/PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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“A gente quer reconstruir o bairro.” A frase é curta para o tamanho da simbologia que ela carrega ao se referir à porção de Porto Alegre que mais divide sentimentos. O Centro Histórico tem a ala dos incrédulos e a dos convictos quando se trata de apostar na reconversão da região. Kleber Sobrinho, corretor de imóveis veterano do Centro e sócio-fundador da Recons, focada em comprar ativos “estressados” e transformá-los para novos usos, tem certeza que o coração da Capital vai voltar a pulsa mais forte. “A gente entende que o Centro precisa passar por esse processo de recuperação e reconstrução. Esses ativos estressados, que são prédios ociosos e que não têm valor no mercado, precisam ganhar uma nova chance, que passa pelo processo de retrofit”, argumenta Sobrinho.
“A gente quer reconstruir o bairro.” A frase é curta para o tamanho da simbologia que ela carrega ao se referir à porção de Porto Alegre que mais divide sentimentos. O Centro Histórico tem a ala dos incrédulos e a dos convictos quando se trata de apostar na reconversão da região. Kleber Sobrinho, corretor de imóveis veterano do Centro e sócio-fundador da Recons, focada em comprar ativos “estressados” e transformá-los para novos usos, tem certeza que o coração da Capital vai voltar a pulsa mais forte. “A gente entende que o Centro precisa passar por esse processo de recuperação e reconstrução. Esses ativos estressados, que são prédios ociosos e que não têm valor no mercado, precisam ganhar uma nova chance, que passa pelo processo de retrofit”, argumenta Sobrinho.
O empreendedor cita movimentos da Recons. Dois edifícios da carteira dos investidores segue à risca a proposta. Os ativos ficam em um dos quarteirões mais icônicos, com vizinhança do Cais Mauá e da arquitetura neoclássica, onde estão o Memorial e Museu de Arte do Rio Grande do Sul, centros culturais e também sedes de operações comerciais. O Cais Rooftop, na esquina da rua Caldas Júnior com Mauá já está em operação desde 2024, com unidades para locação permanente ou temporada. O Cais terá um rooftop, com operação do restaurante Tetto, marca presente em São Paulo, Balneário Camboriú, Curitiba e Vitória. Será a primeira da grife de gastronomia no Estado e que deve estrear até junho, adianta Sobrinho: “É um rooftop que não existe em Porto Alegre hoje, com parte residencial e comercial. O restaurante terá pé direito de quatro metros de altura e um dos usos, além de ser aberto aberto ao público, será locação para eventos corporativos”, esmiuça o sócio da Recons.
O próximo a estrear será vizinho, o Cais Fratelli, em referência ao restaurante que ocupa há mais de 30 anos o térreo: o Dei Fratelli (Dos Irmãos, em italiano), e que já está em obras. A previsão é finalizar a refroma em 2026, projeta Sobrinho. A empresa comprou o ativo. O Cais Fratelli vai também ser destinado à moradia, com previsão de 56 apartamentos, e terá outro atrativo. “Vai ser o primeiro com SPA (serviços de estética e beleza) do Centro da Capital, com banheira jacuzzi, deque, sauna seca e área de beleza e massagem”, descreve o empreendedor. No térreo, o restaurante continua, mas ganhará um deque externo voltado à Siqueira Campos. “Em um ano, vamos ver um contexto completamente diferente nessa região”, assegura Sobrinho, que tem mais projetos na mira. Ele participou da negociação da venda de terreno perto do Parque Harmonia, que terá empreendimento da ABF Developments. “Estamos nos consolidando como empresa focada no retrofit do Centro”, define o sócio da Recons, que tem ainda participação da construtora Toniolo.

Belmondo, de braço da família Zaffari, compra prédio

Prédio na Sete de Setembro foi comprado pela Belmondo para multiuso

Prédio na Sete de Setembro foi comprado pela Belmondo para multiuso

/PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
O potencial do Centro para investimentos não deixa dúvida quando se vê movimentos de grupos com negócios em varejo e braços imobiliários. A Belmondo, de uma das vertentes da família Zaffari, arrematou o edifício na esquina das ruas Sete de Setembro e General Câmara, que tinha agência do Banco do Brasil. O banco não reabriu pós-enchente, mas o edifício vai voltar revitalizado, focado em uso corporativo (nos andares) e com operações de gastronomia e conveniência no térreo, adianta Bruno Zaffari, CEO da Belmondo. O empresário diz que a obra também vai dotar o imóvel de certificação ambienta. A previsão é que a reforma leve um ano. O refil tem hoje incentivo municipal. Mas o que mais deu mais argumento para a incorporadora, acostumada a estar em regiões mais valorizadas, foram os atributos, como mobilidade a pé e com tudo perto, lista Zaffari. "É uma região muito bonita que precisa ser valorizada e está sendo", opina o CEO da Belmondo.  

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