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A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Publicada em 01 de Janeiro de 2025 às 20:15
Vendedor de chope faz sucesso em praia gaúcha: "Cliente não tem que passar trabalho"
"Paulinho do Chopp" diz que não quer ver cliente passar trabalho na praia
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
O carrinho amarelo com todas as funcionalidades para servir chope é esperado com ansiedade por clientes acomodados sob guarda-sóis na areia da Praia Grande, a mais disputada do verão em Torres. Paulo Cesar Silveira da Silva, o Paulinho do Chopp, vai passando e para a cada dois a três metros porque as solicitações "de mais um chope" não cessam.
O carrinho amarelo com todas as funcionalidades para servir chope é esperado com ansiedade por clientes acomodados sob guarda-sóis na areia da Praia Grande, a mais disputada do verão em Torres. Paulo Cesar Silveira da Silva, o Paulinho do Chopp, vai passando e para a cada dois a três metros porque as solicitações "de mais um chope" não cessam.
Os clientes vão ao encontro dele ou é o ambulante que vai onde estão os veranistas. "É uma praticidade. E tá bem geladinho (chope)", diz um deles, após receber o copo da bebida diretamente da bandeja, servido por Paulinho. A disponibilidade de atender é tamanha que, se precisar, Paulinho vai servir com bandeja dentro da água.
"Vou porque os clientes pedem. Prefiro atender porque assim me refresco um pouquinho", explica ele, bem-humorado. Aliás, o astral do dono do negócio chama atenção de longe. "O cliente não tem que passar trabalho na beira da praia? Eu levo até lá. O trabalho é só pagar", justifica o cervejeiro, antes de sair até onde está o veranista. "A gente espera ele passar. Meu cunhado é cliente dele há tempo e a gente foi na onda", conta Sandra Ventura.
"Ele vende um produto que pode ser commodity (vender chope), mas o jeito que ele entrega tem muito valor agregado", atenta Fabiano Zortéa, do Sebrae-RS, que acompanha a trajetória do Paulinho do Chopp há muitos anos. "Imagina que você está sentado, mas recebeu um serviço com esse nível. Muito diferente do que só largar um copo, não é?", valoriza Zortéa.
"O Paulinho vende acolhimento, diversão e entretenimento. Também, graças a Deus, chope", acrescenta o especialista. "Uso Psicologia com os clientes, faço amizade. Eles gostam de conversar e beber", descreve o ambulante, que chegou há 14 anos à cidade. Ele se mudou de Porto Alegre por razões familiares e acabou entrando no negócio de temporada.
Começou com um carrinho e agora tem três, com mais cinco pessoas que atuam com ele. Por dia, o ambulante vende quase 200 litros, a R$ 15,00 o copo.
Orgulhoso do que faz, o vendedor mostra o slogan que decora o carrinho: "Esse é o nosso mantra da beira da praia: 'Quer abrir seus caminhos? Tome um chopp do Paulinho'".
"Paulinho, dois chopinhos", pede outro cliente, que sempre para para ser atendido, em pé, na areia, com água batendo nop pé. Por que gosta tanto? "Por causa do Paulinho. É o mais honesto do Brasil. Ele sabe tirar (chope), é simpático, é um queridão", enumera sobre o vendedor.