Patrícia Comunello
A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Porto Alegre,
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Publicada em 22 de Dezembro de 2024 às 20:10
Novo atacarejo vira símbolo de ressurgimento de rede de supermercado no RS
Primeira loja UniAtacadista abriu no Mathias Velho, e a segunda abre em janeiro na cidade
UNISUPER/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
O último atacarejo, modelo de autosserviço que mais cresce no Rio Grande o Sul, a ser aberto em 2024, pelo monitoramento da coluna, é simbólico do impacto da enchente histórica e recuperação de negócios. O UniAtacadista, que estreou na quinta-feira (19) no bairro Rio Branco, em Canoas, é a nova bandeira da rede Unisuper, que teve nove lojas arrasadas pela cheia.
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O último atacarejo, modelo de autosserviço que mais cresce no Rio Grande o Sul, a ser aberto em 2024, pelo monitoramento da coluna, é simbólico do impacto da enchente histórica e recuperação de negócios. O UniAtacadista, que estreou na quinta-feira (19) no bairro Rio Branco, em Canoas, é a nova bandeira da rede Unisuper, que teve nove lojas arrasadas pela cheia.
LEIA MAIS: Unisuper reabrirá lojas arrasadas pela enchente como atacarejo
Na cidade vizinha à Capital, a primeira unidade do atacarejo surgiu onde foi um supermercado. O CEO da Unisuper, Sandro Formenton, avisa que vem mais um UniAtacadista em janeiro, no bairro Mathias Velho, na cidade, convertido de supermercado fechado na cheia. Em agosto, a rede começou a reabrir lojas.
Serão quase R$ 20 milhões nas duas lojas, que ganham um pouco mais de área, estantes altas para os paletes, 5 mil a 6 mil itens no mix e estacionamento.
"A gente já tinha o plano de ter esse formato e aproveitamos as localizações. A intenção é que cliente não saia do bairro se quiser um atacarejo. Seremos o primeiro no Mathias, com 80 mil pessoas", dimensiona Formenton, sobre a segunda unidade do UniAtacadista.
Formenton destacou que a rapidez de reabertura sensibilizou fornecedores
UNISUPER/DIVULGAÇÃO/JC
Mas a história poderia ter sido outra. O CEO revelou que as famílias proprietárias da rede cogitaram vender as unidades que não foram inundadas e encerrar a trajetória de mais de 30 anos em supermercado.
"Tínhamos dúvida se continuávamos a empresa ou não. As famílias tinham suas vidas resolvidas, com ganhos de muito tempo. Se vendêssemos, ficaria tudo em dia e com nome que sempre zelamos, mas sem empresa", descreve o varejista.
"Isso passou várias vezes pelas nossas mentes. O que pesou para continuarmos foram nossas equipes. Pessoas que perderam tudo estavam ajudando. O ponto de partida foram eles", admite Formenton, lembrando que a rede não demitiu nenhum dos 1,2 mil funcionários.
Para seguir as operações e ainda redesenhar o modelo para parte das lojas, os donos venderam imóveis particulares para pagar os investimentos. Também conseguiram apoio de fornecedores nas negociações de mercadorias, que envolvem o maior custo de um atacarejo, ligado à formação de estoque.
"Os fornecedores foram decisivos. De bancos, não conseguimos nada", compara o varejista.
O CEO cita ainda que a reabertura de lojas vem surpreendendo, com vendas e receita acima do desempenho anterior à enchente. "Está igual ou até melhor", confronta Formenton. Para 2025, a rede programa mais uma conversão de loja em atacarejo, também em Canoas, e vai reforçar o projeto da ProSuper, com lojas licenciadas, que foi lançado em 2023.
Listão de atacarejos que abriram no fim de 2024
> Comercial Zaffari: abriu seis Stok Center em 2024, a última em São Leopoldo e chega a 36 unidades. Lidera o setor.
> Imec: abriu dois Desco, em Xangri-Lá e Imbé). Soma 16 unidades.
> Grupo Guanabara: abriu GB Mix em Pelotas e vai ter mais dois - Pelotas e Rio Grande (notícia do JC Sul).
> Grupo Passarela (SC): abriu Via, em Canoas. São seis no RS.
> Grupo Pereira (SC): abriu Fort, em Santa Cruz do Sul. São quatro no RS.
> Nicolini: abriu Atacadaço, em São Gabriel. São quatro da bandeira.
> Peruzzo: abriu Ecomix, em Alegrete. São quatro da bandeira.