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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 04 de Dezembro de 2024 às 16:40

Mercado Brasco reinventa mercadinho de bairro e empodera marcas locais

Bolacell falou à colunista sobre reforma de lojas e que expansão está sendo analisada

Bolacell falou à colunista sobre reforma de lojas e que expansão está sendo analisada

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Mais um JCast do Minuto Varejo, braço de videocast do Jornal do Comércio, o quinto da série da coluna, entrou no ar. Desta vez, o convidado é Arthur Bolacell, sócio-fundador do Mercado Brasco, marca que reinventou o conceito de mercadinho de bairro. Bolacell e o sócio Gabriel Drumond de Moraes desenvolveram o negócio durante a faculdade de Administração da ESPM, em Porto Alegre, e abriram a primeira loja em 2012, com o propósito de levar a pegada da vida do interior à Capital.
Mais um JCast do Minuto Varejo, braço de videocast do Jornal do Comércio, o quinto da série da coluna, entrou no ar. Desta vez, o convidado é Arthur Bolacell, sócio-fundador do Mercado Brasco, marca que reinventou o conceito de mercadinho de bairro. Bolacell e o sócio Gabriel Drumond de Moraes desenvolveram o negócio durante a faculdade de Administração da ESPM, em Porto Alegre, e abriram a primeira loja em 2012, com o propósito de levar a pegada da vida do interior à Capital.
No pós-pandemia de Covid-19, a dupla de varejistas deu novo rumo ao mercadinho, fazendo do Brasco a "sala de estar do bairro", ampliando a presença de marcas locais e gastronomia. A marca tem cinco lojas (bairros Bom Fim, Moinhos de Vento (2), Chácara das Pedras e Navegantes). São cerca de 100 funcionários. Bolacell detalha, na conversa com a colunista, a evolução do negócio, o relacionamento com frequentadores, poder do aplicativo para gerar receita e planos de expansão e atualização de lojas. 

JCAST Minuto Varejo: Assista ao programa completo 

Minuto Varejo - O Mercado Brasco é um mercadinho de bairro? 

Arthur Bolacell - O Brasco nada mais é do que um ponto de encontro, uma sala de estar, onde os vizinhos podem se reunir para tomar um cafezinho, trabalhar, estudar e tomar uns sorvetes. A gente sentia as relações humanas em Porto Alegre muito frias. Queríamos trazer o calor das relações do interior para a Capital. Foi aí que "dois guris" abriram um mercado de bairro, uma birosca, um armazém na rua Florêncio Ygartúa, num bairro de classe A, em Porto Alegre. Na época, minha mãe me falou:"Meu filho, por que tu vai abre um negócio no Moinhos? Por que não abre uma coisa pequenininha? (risos)
MV - Como vocês foram mudando o próprio modelo?

Bolacell - Na faculdade, a gente ouvia muito que, para crescer, tem que ter 500, mil lojas, e depois vender. Mas a gente não criou o Brasco para vender. É o negócio dos nossos sonhos, é o nosso filho. Em uma ida à NRF, em Nova York, um dos maiores eventos de inovação em varejo do mundo, visitamos os supermercados Whole Foods e Trader Joe's que estavam olhando para experiência e produtos. Vimos que não queríamos continuar vendendo arroz, feijão, refrigerante, etc. Decidimos agregar mais experiência, reduzir gôndolas e colocar mais sofás e tapetes e mais acústica para as pessoas se sentirem mais à vontade. Buscamos também referência no TimeOut, no complexo do Dumbo, no Brooklyn, focado em gastronomia.
MV - O Brasco continua a ser um mercadinho? Qual é o peso das marcas locais?

Bolacell - O Brasco sempre vai ser um mercadinho de bairro, mesmo que não tenhamos espaço suficiente, vamos ter gôndolas e nossos produtos. Este é um detalhe importante. Para crescermos, sermos diferente e para não batermos em preço, começamos a desenvolver fornecedores locais. Criamos o projeto "Valoriza quem tá perto de ti". Uma vez por mês vamos a um fornecedor local, contamos a história dele e lançamos nas nossas redes. É um dos nossos principais pilares. Faz sentido a gente vender produtos que desenvolvemos e conhecemos quem está por trás. As pessoas compram o porquê da marca. Na hora de sair de casa, as pessoas escolhem porque é o lugar onde os amigos vão, porque tem vinho ou espumante que gosta ou porque é um ponto muito legal. 

MV - Quanto o aplicativo faz diferença nos resultados?

Bolacell - A gente lançou o app Brasco+ em 2022, com diversos benefícios, como cafezinho de graça por mês e cashback. Com ele, temos acesso ao que as pessoas compram e quando e onde moram. Podemos mandar um push de outra marca. O principal hoje é que conseguimos vender comunicação para os fornecedores. Como funciona: cada pessoa que atinjo, consigo mostrar à marca e isso tem muito valor.

MV - Quais são os planos para 2025?

Bolacell - A gente vai levar o modelo da sala de estar e gastronomia para as lojas mais antigas, primeiro para a unidade do Viva Open Mall, e depois para a da Florêncio, que foi a primeira. No segundo semestre, vamos começar a olhar para expansão, priorizando o modelo do Bom Fim, buscando cidades na Grande Porto Alegre ou interior, que comporte esse modelo do Brasco, com com café da manhã, almoço, happy hour e janta e lugar para trabalhar. Também gostamos de bairros em Porto Alegre, como Auxiliadora, Bela Vista e Petrópolis, que podem ter pontos também.

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