Depois de o governo estadual acenar para até cinco anos a mais no prazo da concessão, os empreendedores do Cais Embarcadero, complexo privado na orla do Guaíba, tiveram nova orientação que frustra a intenção de ficar mais tempo na área do Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre.
O complexo
reabriu no dia 12, mais de seis meses após ser fechado pela enchente histórica de maio.
O pedido se deve aos impactos e prejuízos causados pela inundação de maio. A enchente arrasou parte do complexo. A direção do Embarcadero estima entre R$ 15 milhões a R$ 20 milhões a conta para remontar as operações e infraestrutura na área de lazer, aberta no começo de 2021.
O prazo ficou em menos da metade do que o próprio governo havia informado à coluna Minuto Varejo. Desta vez, a decisão foi do Comitê Gestor de Ativos, que reúne representantes de diversas secretarias, entre as mais importantes do Executivo estadual e entre elas está a da Reconstrução Gaúcha.
A deliberação, tomada e formalizada em reunião por vídeo em 14 de novembro, foi que o prazo seja ampliado em mais dois anos. O atual vence em setembro de 2026, correspondente a 5,5 anos, e o novo, que ainda precisa ser oficializado em aditivo, vai até setembro de 2028.
Para justificar a prorrogação, o comitê, que tem integrantes das secretarias da Fazenda, do Planejamento, Governança e Gestão, da Reconstrução Gaúcha (antiga Parcerias) e Casa Civil e da Procuradoria Geral do Estado (PGE), citou sete motivos.
Estão na lista, "o interesse público envolvido, a importância da retomada das operações do Embarcadero, a reativação das atividades, a promoção da geração de emprego e renda, o incremento da arrecadação de impostos, a colaboração com a recuperação econômica e a necessidade de definição da melhor forma de uso do espaço público.
A resolução observa que deve haver ajuste no contrato devido à "retirada da área do Cais Mauá da Poligonal do Porto Organizado". A Secretaria de Logística e Transportes deve conduzir a alteração.