"O primeiro dia foi loucura", descreve Pedro Sasso, sobre a estreia da loja de moda feminina da família varejista em shopping center em Porto Alegre. "Estamos no melhor ponto do shopping", vibra Pedro que, com o irmão Eduardo, toca o varejo com raiz no comércio de rua.
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A marca de varejo fez uma negociação por meses para convencer os donos do Bourbon Country, do Grupo Zaffari, a locar o espaço onde já está funcionando a primeira Sasso Moda neste tipo de complexo comercial. A nova opção do mix do Country abriu no dia 9 de novembro.
A marca, especializada em modelos de malha que chamam a atenção pelo conforto das peças e diversidade de cores e estampas, já opera no fluxo de saída e entrada do hipermercado e acesso ao estacionamento. A vitrine alongada favorece a visualização e atração para as coleções.
Ponto no Bourbon Country no fluxo do hipermercado e vitrine despertam atenção
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A loja vem com layout que já tinha sido atualizado nas unidades de rua, mas com mais aposta em combinação de madeira e paredes com revestimento que remete à cerâmica, levemente rústico e com pegada de casa e proximidade. A percepção é da coluna Minuto Varejo.
"Nossas clientes pediam para estarmos em shopping, pela facilidade de estacionar, menos influência de clima, mais conforto e pela abertura em domingos e feriados", elenca Eduardo Sasso, que toca o negócio com o irmão. "Atingimos novos clientes em uma região que cresce muito", enumera Pedro.
A nova aposta da varejista é uma sequência bem calculada pela dupla de varejistas. "A nossa primeira loja em shopping é a consolidação de um trabalho que começou com meu pai, Ivan Antônio Sasso, há mais de 30 anos. Trabalhamos desde pequenos nas lojas. O comércio está na nossa veia", resumem os irmãos, que mudaram, em 2015, o mix de artigos esportivos para moda feminina.
Além disso, tem uma convicção dos dois gestores: foco no ponto físico. A Sasso não tem até hoje e-commerce. "Temos muito espaço para crescer no físico", citam.
A unidade do Bourbon Country, com aporte de R$ 200 mil, é a segunda aberta em dois anos. Em 2023, os irmãos decidiram entrar no Moinhos de Vento, no imóvel que foi da Quincy, que migrou para a rua Quintino Bocaiúva, em espaço maior. "A loja está indo muito bem", garante Eduardo. Outras lojas ficam nas avenidas Azenha (duas) e Protásio Alves.
Coleções são 100% produzidas internamente, o que mudou desempenho da marca
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A Sasso, aliás, vai muito bem. "Crescemos 25% desde 2022. Melhoramos o resultado reduzindo custos", citam os varejistas. O novo ponto da marca aplica mudanças que os empreendedores colocaram em ação após a pandemia de Covid-19.
"Dependíamos de importados, que tiveram a logística fortemente afetada. Passamos a produzir 100% das peças. As coleções bombaram", recorda Pedro.
Com mais criação e modelagem própria, os irmãos também revisaram a política de preços e perceberam que havia espaço para atuar em faixas mais elevadas (que atacados que compravam da marca praticavam) e ampliar o alcance de público. A receita escalou.
Um dos atrativos são peças com estamparia digital, feitas em malharias em Santa Catarina. Mas 90% das roupas são ainda confeccionadas no Rio Grande do Sul.
Para o futuro, o plano é ter "franquias por todo o Brasil", revela Pedro, que tem outro sonho: "Ter loja em outros países. Adoro viajar".