A retomada principalmente dos voos na pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, já impacta na demanda, aponta levantamento recente da Copastur, empresa especializada em viagens corporativas. O Salgado Filho ficou sem operação na pista por quase seis meses, devido aos danos causados pelas cheias de maio.
Os pousos e as decolagens voltaram em 21 de outubro no traçado na Capital. Antes, o fluxo de chegadas e partidas estava na Base Aérea de Canoas (Baco), mas com capacidade muito inferior. Levantamento da Fraport Brasil, concessionária do complexo, aponta que houve alta de "33% na busca por voos para o Rio Grande do Sul desde as enchentes".
A empresa destaca o processo de recomposição também de hospedagens, o que foi influenciada pela volta da atividade na pista do Salgado Filho.
Na hotelaria, a Copastur indica aumento de 38% na demanda por diárias. “A recuperação econômica do Rio Grande do Sul, após as enchentes, tem sido um verdadeiro exemplo de resiliência e renovação”, comenta, em nota, o CEO da empresa, Edmar Mendonza.
Outro dado apurado é a Capital perdeu espaço (queda de 16%) na demanda por hospedagem no período, o que é efeito da restrição de transporte. Já outras localidades ganharam relevância: Caxias do Sul teve elevação de 31%, Nova Prata, também na região colonial e serra, de 108%, e Bagé, na Campanha, de 117%.
"O aumento na procura por esses novos destinos reflete essa redistribuição de interesse pelo Estado e mostra que, além de Porto Alegre, outros municípios estão ganhando destaque e contribuindo para a reestruturação econômica da região", conclui Mendonza, também na nota enviada à coluna Minuto Varejo.