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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 29 de Outubro de 2024 às 19:43

"Não desvenda!", apela palestrante do Varejo 360, na volta da Fecomércio-RS

Rocha falou para uma plateia atenta que clientes vão à loja decididos sobre o que querem comprar

Rocha falou para uma plateia atenta que clientes vão à loja decididos sobre o que querem comprar

UILLIAN VARGAS/DIVULGAÇÃO/JC
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"Não desvenda!", apelou o empreendedor em série e fundador da Softbox, comprada pela Magazine Luiza, Ricardo Rocha, gerando certo burburinho no público do Varejo 360, maratona promovida pela Fecomércio-RS nesta terça-feira (29), sobre temas da ordem do dia do setor.
"Não desvenda!", apelou o empreendedor em série e fundador da Softbox, comprada pela Magazine Luiza, Ricardo Rocha, gerando certo burburinho no público do Varejo 360, maratona promovida pela Fecomércio-RS nesta terça-feira (29), sobre temas da ordem do dia do setor.
Passaram pelo palco central, com público mega atento ao redor, assuntos como compra digital e no físico, inteligência artificial (IA), gerações de vendedores e de consumidores, futuro da loja, como atuar em equipes e como dar conta do que o consumidor busca.
O evento, com palestrantes regionais e nacionais, foi na sede da federação, que retomou a operação, ainda não completa, no complexo na Zona Norte de Porto Alegre. O presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, exclamou com um "Ufa!" o alívio de estar de volta ao local e destacou que o Varejo 360 valoriza um dos setores que mais contribui para o Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul (PIB).
Fundador da Softbox disse que 9 a cada 10 consumidores decidem no online o que comprar | PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Fundador da Softbox disse que 9 a cada 10 consumidores decidem no online o que comprar PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
"O evento também é a primeira atividade nossa externa grande", citou Bohn. "O comércio é muito importante e vive momento de grandes desafios", destacou o dirigente. 
O pedido, em tom de alerta, de Rocha se dirigiu ao desfecho da compra na loja e confirma o que vem sendo repetido por muitos especialistas. Contrariamente a previsões de que o ponto físico iria acabar com a evolução da digitalização, não morreu, mas mais de 90% da "venda" começa hoje pelo canal online.
"As pessoas já avaliaram a loja, já leram as avaliações. Se elas foram lá (ponto físico) é porque estão certas que podem comprar. Se você (lojista ou vendedor) não atrapalhar, elas compram", cutucou Rocha. "Sai da loja", reforçou o fundador da Softbox, que já criou mais de cinco empresas e vendeu, tem sete agora, sendo uma, a Blips, que tem parte do quadro com robôs virtuais movidos a IA.
Rocha ainda deu gancho para um tema que os colegas de palco iriam tocar muito: "As pessoas dizem que o atendimento faz toda a diferença na hora de comprar". O empreendedor em série também preveniu que os líderes precisam deixar o palco para os liderados. “O papel dele é transmitir, é formar, dar autonomia às pessoas”, recomendou Rocha.
Rocha, da Pmweb, recomendou que o lojista invista no cliente mais fiel à marca | UILLIAN VARGAS/DIVULGAÇÃO/JC
Rocha, da Pmweb, recomendou que o lojista invista no cliente mais fiel à marca UILLIAN VARGAS/DIVULGAÇÃO/JC
Guto Rocha, vice-presidente de marketing e vendas da Pmweb, recomendou que os empreendedores sejam obcecados pelo cliente e busquem produtos que ele quer e não o que a empresa quer vender.
“Tem gente que falta cinco minutos para fechar a loja, chega cliente e diz que não pode atender", lamenta Guto. Uma tática para ter mais resultados é buscar clientes que mais gastaram num ano para ter recorrência. "Se conseguir que o consumidor mais engajado gaste mais, parabéns, você fez seu trabalho. Aposte nos clientes fiéis e devotos da marca”, orientou.

Fazer o básico bem feito, recomendam especialistas

Zortéa disse que, antes de buscar novas tecnologias, precisa atender bem pelo WhatsApp

Zortéa disse que, antes de buscar novas tecnologias, precisa atender bem pelo WhatsApp

UILLIAN VARGAS/DIVULGAÇÃO/JC
O coordenador de varejo do Sebrae-RS, Fabiano Zortéa, citou pesquisa da entidade que indica que a maioria das empresas gaúchas quer manter ou expandir os negócios e indicou a atenção às gerações como um item que precisa ser encarado.
"Não é um bom negócio discutir sobre quem está certo ou quem está errado, tem de buscar uma intersecção. Varejo é querer ficar, não é retenção", demarcou ainda Zortéa, lembrando que o temor que muitos varejistas têm de novas tecnologias, como IA, deve ser superado por maior abertura à inovação.
Mas também é fundamental, antes de investir em novas tpecnologias ou aderir a novidades, precisa, por exemplo, fazer um bom atendimento elo WhatsApp, ferramenta que é muito buscada pelos clientes no Brasil, país que lidera o uso do aplicativo de mensagens.   
O coordenador do Sebrae-RS falou ainda sobre a tendência de localismos, com valorização das comunidades, o que pode favorecer ainda mais negócios pequenos que consigam ter proximidade com seus públicos. 
Loja precisa saber se o que está entregando é o que os clientes buscam, adverte Patricia  | UILLIAN VARGAS/DIVULGAÇÃO/JC
Loja precisa saber se o que está entregando é o que os clientes buscam, adverte Patricia UILLIAN VARGAS/DIVULGAÇÃO/JC
A economista-chefe da Fecomércio-RS, Patricia Palermo, deu um recado bem prático para quem tem de administrar a condição financeira e as mudanças or que passa o varejo, que estão aí, avisou ela. "Tem gente que resiste a mudar de ponto físico, mas se a cidade mudou, vai ficar no mesmo lugar?", provocou a economista.
Patricia destacou que é preciso "se concentrar mais no básico bem feito, no que o varejo está devendo", o que envolve desde a parte de gestão, estoques, como estão resultados e se o que a empresa faz atende o que os clientes buscam. 

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