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Patrícia Comunello

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Publicada em 21 de Outubro de 2024 às 16:13

"Temos de ser aliados", diz Guga Schifino, sobre aumento de marketplaces estrangeiros no Brasil

Guga analisou o mercado online no videocast do Minuto Varejo

Guga analisou o mercado online no videocast do Minuto Varejo

TÂNIA MEINERZ/JC
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A operação de grupos internacionais que lideram a cena do e-commerce global, com suas plataformas e seus marketplace, já está no dia a dia dos brasileiros e também é oportunidade para varejistas nacionais. O avanço de operadores chineses e outros asiáticos, elevando a disputa interna que já tem Amazon e Mercado Livre, não deve ser temida, opinou Gustavo (Guga) Schifino, no videocast de estreia da coluna Minuto Varejo.
A operação de grupos internacionais que lideram a cena do e-commerce global, com suas plataformas e seus marketplace, já está no dia a dia dos brasileiros e também é oportunidade para varejistas nacionais. O avanço de operadores chineses e outros asiáticos, elevando a disputa interna que já tem Amazon e Mercado Livre, não deve ser temida, opinou Gustavo (Guga) Schifino, no videocast de estreia da coluna Minuto Varejo.

VIDEOCAST: Assista à integra do bate-papo com Guga Schifino 

"Temos de ser aliados com 'A' maiúsculo", defende Schifino, sênior advisor da Linx Stone e co-fundador da FFX, ao se referir especialmente aos chineses.
"As grandes empresas de tecnologia não têm interesse de anularizar e acabar com o varejo local. Elas têm interesse de ser o provedor da solução para os negócios, atuando em uma camada intermediária", orienta o especialista.
"A China é o grande fornecedor dessa camada. Os seis maiores operadores chineses e de outros países asiáticos vão disputar o mercado brasileiro. Por isso, as pessoas acham que a China é inimiga", completa o entrevistado.
Entre os players, estão Shein, Temu, Shopee e AliExpress, cujo acordo com o Magalu é um exemplo de como atuar, observa Schifino: "O varejista do Brasil pode vender o produto na China (por meio do marketplace estrangeiro)".
Para o consultor, que fundou a rede gaúcha Trópico (hoje franquia) e percorre o mundo dando palestras sobre como entender as transformações no varejo, é preciso "pensar as plataformas para vender os produtos".
"É uma oportunidade. Tem de pensar o que pode agregar no produto. Se o lojista compra no Brás, em São Paulo, e vende o mesmo artigo sem acrescentar nada, nem embalagem, e quer que o cliente siga comprando, terá mais dificuldade", adverte o entrevistado.
Na relação com as plataformas, os vendedores pagam comissões que começam em percetual baixo e se elevam, com a maior audiência que as empresas obtêm, prática geral das companhias. "Não tem amigo nesse negócio. Os chineses ou os americanos, todos querem ter volume. Na medida em que vai tendo audiência, vai aumentando o preço, porque a originação dele é mais significativa", explica Schifino.
Mais decisivo, registra ele, é a estratégia que o comerciante local adotará "para pescar nesse mar aberto e levar para um lago organizado e próprio", ilustra. O acesso aos canais permite também capturar dados para uso com recursos de Inteligência Artificial (IA), tecnologia vital hoje para varejos que querem sobreviver no mercado.

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