"Patricia!! Tudo bem? Vimos sua publicação sobre o
novo comércio ali onde era o "ratão" (Caverna do Ratão). Somos vizinhos e acabamos de abrir uma
pizzaria na esquina da rua Santos Neto com a Protásio! Gostamos muito do seu conteúdo e gostaríamos de saber da possibilidade de fazer uma publicação sobre a pizzaria!!" Claro! Bora!
Lá vai: quem enviou a mensagem provocativa foi Felipe Postingher, dono com a mulher Betina Sulzbach, da Parma D'Oro Pizzaria, com uma fachada em amarelo ouro (remete a tempos dourados e clássicos) e fica bem posicionada, no lado do fluxo no sentido bairro-Centro, no bairro Petrópolis, um dos mais tradicionais de Porto Alegre e onde reside um dos nomes mais importantes da Literatura gaúcha, Luis Fernando Verissimo.
Mas a história aqui é sobre a pizzaria, que abriu na avenida Protásio Alves, 1928, como "noticiou" Postingher lá em cima, bem na diagonal da antiga Caverna do Ratão, que vai ter um novo negócio, o Empório Boca do Monte, em alusão a Santa Maria, que popularmente é chamada de Santa Maria da Boca do Monte, devido à geografia onde se situa, bem no coração do Rio Grande do Sul.
Postingher, com uma piza marguerita, diz que a nova unidade foi "sonho se realizando"
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A coluna deu a novidade. Um dos sócios do Boca do Monte, Ricardo Bonini avisa que, por questões técnicas da instalação, vai atrasar um pouco mais para abrir. A previsão é mais para o fim de outubro.
A Parma D'Oro fez um movimento que ganhou adeptos em outras áreas de Porto Alegre, após a enchente histórica de maio deste ano. A marca montou a primeira unidade na rua Vasco Alves, 211, no Centro Histórico, em fevereiro de 2020. "Abrimos um mês antes da pandemia", cita, detalhe impossível de esquecer. O foco é delivery.
O ponto não foi inundado, mas fechou por 20 dias por falta de água e luz. Problema que afetou negócios em muitos bairros, mesmo sem ter inundação. O impacto da enchente ainda é sentido. "O movimento caiu 30%", lamenta o dono da Parma. Empresas revisaram a localização ou ainda não reabriram em regiões mais arrasadas, como avenida Farrapos e bairros cortados pela via, na região do Quarto Distrito.
Antes de entrar no mundo da pizza, o dono da Parma atuou em tradução e fez voluntariado no exterior. "Viajando por aí, pude experimentar todos os tipos de pizza", conta. Mas a ligação com o negócio atual começou cedo. Ele começou a trabalhar aos 18 anos como pizzaiolo em Garibaldi, na Serra Gaúcha, onde nasceu.
Ponto na Protásio tem áreas para clientes sentarem e comerem a pizza no local
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A unidade do Petrópolis começou a ser preparada em fevereiro deste ano. Era para abrir em junho, mas atrasou devido ao evento climático. "Esta unidade é nosso sonho se realizando. Investimos muito na reforma da sala, em um ponto com grande fluxo de carros. A esquina mostra nossa marca para muitas pessoas", descreve Postingher. Visibilidade do telefone da marca é tudo para um negócio que foca tele-entrega.
"São 18 mil veículos por dia passando em frente. É muita gente vendo nossa marca. Esperamos que isso faça com que mais pessoas conheçam e provem nossa pizza", projeta ele.
É possível também consumir no local. O espaço com mesas é bem agradável. Os grafismos nas paredes chamam a atenção, além dos desenhos multicoloridos das caixas, criados pelo próprio dono, onde as pizzas são colocadas. Dá vontade de guardar a embalagem, que vem com gramatura maior de papelão para conservar por mais tempo a temperatura do pedido, conta Postingher.
Embalagens das pizzas, expostas na parede, chamam a atenção pela arte e pelo colorido
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
"Temos esse espaço para quem faz questão de pegar a pizza saindo do forno, o que é bem melhor de comer", recomenda o dono.
O produto da casa segue o "estilo tradicional/brasileiro", mesclando elaboração italiana e americana, descreve ele. "Nosso diferencial é a massa, que é de longa fermentação, aberta na mão e na hora do pedido. Nosso molho de tomate é artesanal, feito por nós mesmos toda a semana", detalha Postingher.
O cardápio tem 25 sabores salgados tradicionais e 10 veganos, além de oito doces. O maior tamanho (40 centímetros), para três a quatro pessoas, custa R$ 93,00. A pizzaria atende de terça a domingo, das 18h às 23h30min, com tele e serviço local (até as 23h). No Centro, são os mesmos dias e horários, mas sem salão, só retirada.
Para amantes de pizza, o pizzaiolo faz um alerta: "É proibido encostar na borda, após abrir a massa". A regra faz parte do modo de preparo dos italianos, explica o dono da Parma. Melhor não arriscar e provar a borba da pizza já pronta, sugere o Minuto Varejo.