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Patrícia Comunello

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Publicada em 12 de Setembro de 2024 às 17:39

Inadimplência sobe entre consumidores e cai entre empresas no RS, aponta CDL-POA

Atrasos de consumidores ficaram em 31,36% no Estado e 32,6% em Porto Alegre em agosto

Atrasos de consumidores ficaram em 31,36% no Estado e 32,6% em Porto Alegre em agosto

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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A inadimplência se comportou em sentido contrário entre consumidores e empresas no Rio Grande do Sul em agosto, segundo a CDL Porto Alegre, com base nos dados do birô de análise de crédito da Equifax Boa Vista. Nas pessoas físicas, o Indicador de Inadimplência CDL-POA manteve elevação verificada desde junho. Já nas pessoas jurídicas, a taxa vem declinando no mesmo período.
A inadimplência se comportou em sentido contrário entre consumidores e empresas no Rio Grande do Sul em agosto, segundo a CDL Porto Alegre, com base nos dados do birô de análise de crédito da Equifax Boa Vista. Nas pessoas físicas, o Indicador de Inadimplência CDL-POA manteve elevação verificada desde junho. Já nas pessoas jurídicas, a taxa vem declinando no mesmo período.
Lembrando que maio teve a enchente histórica, com impacto em mais de 400 cidades, paralisando atividades e retirando pessoas de suas casas. A taxa de atrasos ficou em 31,36% no mês passado no Estado (em abril, chegou a 32,6%) e em 32,6% em Porto Alegre. Na largada do ano, a taxa chegou a bater em 34,3%.
O percentual de empresas com limitação em crédito, cheque, protesto ou ação judicial recuou a 13,88% em agosto ante 14,11% de julho. Na base porto-alegrense, os atrasados respondiam por 15,20% da base e reduziu para 14,87%. A CDL-POA informa que são 2,689 milhões de CPFs na base de dados da Equifax no Rio Grande do Sul e 350.438 na Capital. As taxas são os menores em mais de um ano.
A estimativa, com base no Mapa das Empresas, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), é que 202,5 mil CNPJs estavam negativados no Estado e quase 35 mil na Capital.
Para a assessoria econômica da entidade, o comportamento dos atrasos entre as famílias segue a interrupção do fluxo de recursos que foram injetados após as cheias, que tinha ativado a economia. O consumo para reposição de patrimônio devido aos efeitos da enchente, foi maior em segmentos de eletrodomésticos, móveis, materiais e construção e veículos, como mostrou a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), de julho.
As finanças estaduais vêm colhendo efeitos de mais vendas. Em agosto, a arrecadação de ICMS cresceu 27,8%, em termos reais (descontada a inflação), frente ao mesmo período de 2023, cita o economista-chefe da CDL-POA, Oscar Frank, citando que a "possível elevação da taxa Selic na próxima semana, apresenta um desafio para o futuro". Juros maiores aumentam o custo de financiamentos e empréstimos.
Um dado positivo é que o mercado de trabalho segue com desemprego em baixa, além de crescimento real da massa salarial. Para as empresas, mais recursos no bolso dos consumidores e liberação de crédito colaboram para a melhora no quadro de inadimplentes. 

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