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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 22 de Agosto de 2024 às 15:18

Expoagas da "superação" soma R$ 704,8 milhões em negócios

Esforço histórico para a realização do evento culminou em números que ficaram acima das expectativas

Esforço histórico para a realização do evento culminou em números que ficaram acima das expectativas

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Uma das maiores feiras de supermercado do Brasil termina nesta quinta-feira (22) acima do que foi projetado de negócios, atestando o lema da edição em Porto Alegre: Expoagas da superação. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a receita entre os quase 500 expositores chegou a R$ 704,8 milhões. 
Uma das maiores feiras de supermercado do Brasil termina nesta quinta-feira (22) acima do que foi projetado de negócios, atestando o lema da edição em Porto Alegre: Expoagas da superação. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a receita entre os quase 500 expositores chegou a R$ 704,8 milhões
O crescimento foi de 8% em relação ao ano passado, diz a Agas, que alcançou R$ 652 milhões. Foram 63 mil visitantes em três dias de evento na sede da Federação das Indústrias do RS (Fiergs). "Esta feira não era para sair", cita o presidente da associação, Antônio Cesa Longo.
O dirigente, que fez questão de descrever como a entidade foi vencendo obstáculos para viabilizar a instalação dos expositores, com limitações e parceria da Fiergs, apontou custo maior para garantir estrutura, mas fez um desabafo: 
"Quem reclama de lixo que ainda tem em áreas atingidas pela água deve lembrar que ali havia casas ou que eram pertences de quem perdeu tudo na enchente".
Logo depois, fez uma mea culpa, mas que está no contexto: "Gastamos mais com gerador de energia, estava quente dentro do pavilhão, mas as pessoas não se abalaram", elogiou. A área da federação foi inundada e ainda não foi restaurada completamente, como na infraestrutura elétrica.    

Quase 500 expositores, número de outras Expoagas 

Entre os 496 expositores de produtos, equipamentos e serviços apresentam, foram cerca de 700 lançamentos. Foram 7,1 mil empresas participantes, 77% varejistas. Os visitantes são oriundos de todos os estados brasileiros e de seis países, diz a Agas.
"Além dos esforços históricos empreendidos pela Fiergs e pela Agas para a reconstrução, montagem e organização deste evento em período recorde, enfrentamos gargalos logísticos significativos, sobretudo com a impossibilidade de voos do aeroporto Salgado Filho”, ressalta o presidente, na nota, Antônio Cesa Longo.
Entre os visitantes, 23% vieram à feira pela primeira vez, número similar ao das edições anteriores. "Isso mostra a renovação natural do varejo supermercadista, que emprega 151 mil pessoas no Estado e é porta de entrada para o primeiro emprego de muitas pessoas. O controle da rotatividade de pessoal é um gargalo do setor”, observou Longo.
A empresa que mais vender na feira foi a marca gaúcha de materiais de limpeza Girando Sol, que teve alta de mais de 20% em pedidos no evento. Fabio Borscheid, gerente comercial da marca, diz que a demanda subiu quase 30% pós-cheias e que o nível de consumo continua.
A marca vai ampliar a capacidade da fábrica, em mais 15 mil metros quadrados. "Muita gente abraçou a campanha para comprar produtos gaúchos", creditou Borscheid.     
Lembrou que a questão de recursos, que ainda não são suficientes para retomada de milhares de negócios. "Os supermercados foram os mais afetados, disse ele. "Tivemos aqui o ministro Paulo Pimenta e o governador Eduardo Leite juntos e depois fizeram a reunião, em Brasília. Foi efeito Agas?", provocou o dirigente.   
Longo cobrou uma solução rápida para os trens metropolitanos, com previsão de voltar apenas em 2025. O impacto é sentido na ligação do transporte da RMPA para Porto Alegre. "Falta a gente dizer: queremos o Trensurb". O supermercadista defendeu que se busque alternativa de compra de peças para ajudar a estatal.
Assuntos como a ampliação do pavilhão para mais expositores, recorrente a cada edição, passou a não ter relevância, avisou o dirigente. O espaço físico não aumenta e limita que mais empresas que estão em lista de espera, possam estar na Expoagas em Porto Alegre.
Longo comentou que o resultado da feira anima o varejo de autosserviço para completar o ano. O setor supermercadista vem mantendo crescimento, pelos dados do IBGE, mas até abaixo da reposição da inflação.
Nas cheias, mais de 100 lojas foram fechadas e quase 400 pontos do setor chegaram a ter algum efeito, como falta de luz que impediu a operação. Na feira, com a campanha de dobrar o valor de cada ingresso para doar a empresas em dificuldades, foram arrecadados R$ 600 mil para apoiar os varejos dentro do projeto Ajuda Sul

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