Patrícia Comunello
A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Porto Alegre,
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Publicada em 18 de Julho de 2024 às 01:25
Feira ecológica: pé de alface e efeitos do clima
Hochmann, de Nova Santa Rita, mostra o impacto do clima na produção
/PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
Cinco minúsculos pés de alface pelo mesmo preço de uma unidade mais farta. Não é promoção na banca de uma das feiras ecológicas, que comercializam apenas itens orgânicos, mais populares e antigas de Porto Alegre. É o retrato flagrante do impacto do clima, que arrasou hortas nas cheias de maio - e anteriores, e agora afeta o desenvolvimento devido ao frio.
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Cinco minúsculos pés de alface pelo mesmo preço de uma unidade mais farta. Não é promoção na banca de uma das feiras ecológicas, que comercializam apenas itens orgânicos, mais populares e antigas de Porto Alegre. É o retrato flagrante do impacto do clima, que arrasou hortas nas cheias de maio - e anteriores, e agora afeta o desenvolvimento devido ao frio.
"Em 27 anos de feira, nunca tinha visto isso", testemunha o agricultor de Nova Santa Rita Claudir Hochmann, da Feira Ecológica do Menino Deus, bairro vizinho à orla do Guaíba, que também teve inundação. A clientela chega e não esconde a surpresa com as proporções das verduras.
"Estão pequenas, né. Mas é o clima, as chuvas. Mesmo assim, é melhor que outras não orgânicas", reage a dentista Ayde Citton Padilha dos Reis. "Depois que a gente se acostuma a comer orgânico, não consegue comprar aquelas com agrotóxico", justifica a cliente.
O vizinho de banca de Hochmann, Elizandro Malinski Pinto, ouve um cliente falar que "estão pequenas" e avisa que: "Elas chegam a dar meio quilo", garante. Para dimensionar o que a verdura, efeito de chuvas e frio, do que seria normal, Pinto pesa uma unidade. "Vai dar 100 gramas... Deu 62", surpreende-se o feirante de Nova Santa Rita.