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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 24 de Junho de 2024 às 16:13

Magalu e Aliexpress, do Alibaba, selam acordo na China para compartilhar venda de produtos

CEO do Magalu (e) e Kai Li, CEO do AliExpress na América Latina, selaram o acordo na China

CEO do Magalu (e) e Kai Li, CEO do AliExpress na América Latina, selaram o acordo na China

MAGAZINE LUIZA/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
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Semana começou agitada no mundo, literalmente, do varejo. A Magazine Luiza, por meio de seu marketplace Magalu, firmou acordo estratégico com um dos gigantes do e-commerce global. O parceiro? A plataforma Aliexpress, do grupo chinês Alibaba. A oficialização do negócio foi feita em Hangzhou, sede do Alibaba na China.
Semana começou agitada no mundo, literalmente, do varejo. A Magazine Luiza, por meio de seu marketplace Magalu, firmou acordo estratégico com um dos gigantes do e-commerce global. O parceiro? A plataforma Aliexpress, do grupo chinês Alibaba. A oficialização do negócio foi feita em Hangzhou, sede do Alibaba na China.
As duas plataformas somam audiência de 700 milhões de visitas mensais nas plataformas.
Com a parceria, as duas empresas vão comercializar produtos uma da outra nos canais de cada operação. De certa forma, é compartilhar fluxo e acesso a clientes de cada uma. O foco, é claro: turbinar as vendas para as duas companhias. Para a varejista brasileira, será oportunidade para ampliar o acesso de consumidores de produtos que vêm do exterior.
O AliExpress vai vender nos canais do Magalu os itens da sua linha Choice, que segue regras do Remessa Conforme, programa criado em 2023 pelo governo federal, em função da polêmica da isenção de tributos. Outros sites como Shein e Shopee estão no Remessa. Neste tipo de compra, a isenção de imposto de importação vai até compras de US$ 50,00
"É a primeira vez que o AliExpress vende itens em uma plataforma terceira no mundo, e que o Magalu assume o papel de seller (vendedor) em outro marketplace", valoriza o comunicado.
"Temos focado cada vez mais na expansão da nossa operação local, reforçando o compromisso do AliExpress em contribuir com o desenvolvimento do e-commerce brasileiro", disse, na nota, Kai Li, CEO da plataforma chinesa para a América Latina, indicando que a parceria vai gerar mais complementariedade de produtos.
"A inclusão de milhares de produtos do AliExpress na nossa plataforma acelera nossa estratégia de diversificação de categorias e de aumento da frequência de compra, além de impulsionar a nossa operação cross border (mercado internacional)", acena Frederico Trajano, CEO do Magalu, no comunicado do novo negócio.
Vendedores que atuam nas mais de 1,2 mil lojas físicas da Magazine Luiza também poderão oferecer e vender itens do Aliexpress, como já fazem hoje com produtos do marketplace do Magalu. 
No site e aplicativo, os produtos do AliExpress serão destacados em um “Mundo” específico, diz a nota sobre o acordo. A varejista brasileira explica que vai vender pelo Aliexpress inicialmente categorias de bens duráveis e usar a logística para distribuição.
Congresso Nacional aprovou recentemente a volta da taxação em compras até US$ 50,00 em sites estrangeiros. A taxa ficou em 20%. O Aliexpress é um dos alvos, além de outros chineses e de regiões asiáticas. 
O Magalu teve vendas totais de R$ 63,1 bilhões em 2023, sendo R$ 43 bilhões no e-commerce. O marketplace surgiu em 2018 e somou R$ 18 bilhões no ano passado, alta de 17% ante 2022.
O AliExpress foi criado em 2010 e está em em mais de 100 países e regiões. A plataforma tem versão em inglês e outras 15 línguas. No Brasil, a plataforma atua há quase 15 anos e atua com lojas nacionais.

Maria Luiza Trajano: não taxação e desemprego

No South Summit Brazil, em 2023, a atual presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza, Maria Luzia Trajano, falou sobre a concorrência de produtos vindos de fora. Luiza admitiu que os consumidores falam que pagam menos pelos produtos, mas lembrou que a disparidade fiscal vem gerando desemprego.
"O público é muito contra taxar, mas não sabe que estamos perdendo empregos. Não mando taxar, mas que tenhamos as mesmas vantagens que eles têm." Ela citou que há mobilização do setor junto ao governo sobre medidas.
"Precisa ter lei para todo mundo para continuar a gerar emprego. Não tem jeito de competir se você paga 37% de imposto e os outros (importados) não pagam nada", confrontou Luiza.

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