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Patrícia Comunello

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Publicada em 20 de Junho de 2024 às 18:31

Apenas 20% dos lojistas atingidos por cheias buscaram Pronampe em Porto Alegre

Comércio busca o recurso para pagar despesas do dia a dia, de salários a aluguel e taxas

Comércio busca o recurso para pagar despesas do dia a dia, de salários a aluguel e taxas

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Uma das escassas linhas de crédito para pequenos negócios afetados pelas cheias no Rio Grande do Sul ainda está sendo pouco acessada por quem mais precisa passado um mês e meio da inundação histórica. Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre mostra um cenário bem preocupante sobre a busca pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) em sua versão calamidade. Cerca de 200% dos lojistas ouvidos pela entidade disseram que já se habilitaram aos recursos.
Uma das escassas linhas de crédito para pequenos negócios afetados pelas cheias no Rio Grande do Sul ainda está sendo pouco acessada por quem mais precisa passado um mês e meio da inundação histórica. Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre mostra um cenário bem preocupante sobre a busca pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) em sua versão calamidade. Cerca de 200% dos lojistas ouvidos pela entidade disseram que já se habilitaram aos recursos.
O Núcleo de Pesquisa da entidade apurou ainda que 75% dos que já fizeram a solicitação conseguiram contratar o valor. Outros 54% disseram que não buscaram a linha e nem pretendem recorrer ao crédito. O limite de valor é de R$ 150 mil. Já 26% não pediram ainda, mas disseram que solicitarão o auxílio, aponta a pesquisa.
A pesquisa mostra ainda que 100% dos lojistas usará o dinheiro para giro, recursos que vai se distribuir 46,7% para pagar fornecedores, 26,7% para salários e 6,7% para contas diversas, de de luz e água a impostos, cartão de crédito e aluguel do ponto. 
Um detalhe que acaba onerando mais o contrato é a cobrança de taxas extras pelas instituições, relatada por 7% dos entrevistados. Já 66,7% disseram que não tiveram qualquer tipo de cobrança extra e 26,6% afirmaram desconhecer esse custo. Os bancos que mais foram buscados foram Banrisul (53,3%), 
Caixa Econômica Federal (26,6%), Sicredi (6,7%), Banco do Brasil (6,7%) e Bradesco (6,7%).
A principal razão citada para não conseguir o empréstimo foi burocracia das instituições, apontada por 80% dos lojistas. Já 20% indicou que não conseguiram atender aos requisitos do programa. Sem recursos, a demissão de funcionários foi apontada como caminho por 80% dos entrevistados. 
Diante do quadro retratado pela pesquisa, o presidente do SindilojasPOA, Arcione Piva, cobrou, em nota, mais celeridade nas aprovações. Segundo Piva, a linha, mais e conta para pequenos negócios, demorou a ser disponibilizada. "O lojista merecia ter sido atendido com mais celeridade visto o tamanho do prejuízo causado no comércio. Agora é correr atrás para a retomada", observou o dirigente. Entidades do setor vêm alertando para o esgotamento do teto do Pronampe cheias, com condições mais em conta. 

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