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Patrícia Comunello

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Publicada em 13 de Junho de 2024 às 19:03

Vendas do comércio do RS caem em abril; expectativa se volta para maio

Comércio de abril vem mais fraco, depois de trimestre com altas, e maio teve inundações

Comércio de abril vem mais fraco, depois de trimestre com altas, e maio teve inundações

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Abril teve queda de no volume de vendas dos segmentos que mais movimentam o varejo no Rio Grande do Sul. A mais recente Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou recuo de 1% frente a março. Em relação a abril de 2023, houve alta de 2,1%. Mas a expectativa se volta agora para maio, com dados que saem em julho, devido aos já esperados impactos das inundações.
Abril teve queda de no volume de vendas dos segmentos que mais movimentam o varejo no Rio Grande do Sul. A mais recente Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou recuo de 1% frente a março. Em relação a abril de 2023, houve alta de 2,1%. Mas a expectativa se volta agora para maio, com dados que saem em julho, devido aos já esperados impactos das inundações.
As cheias arrasaram cidades, fechando lojas em diversos segmentos, de pequenos a grandes varejistas.
Os dados de queda em abril se referem a segmentos de combustíveis, supermercados, farmácias, vestuário, eletrodomésticos e móveis, que compõem o varejo restrito. No Brasil, o comércio restrito teve leve alta de 0,9%. Em relação a abril do ano passado, houve elevação de 2,2%
Já o chamado varejo ampliado, com construção civil, veículos e atacarejos, teve alta de 0,3% no mercado gaúcho, e, no Brasil, de 1%. Os dados se referem a abril em relação a março. Frente a abril de 2023, os estabelecimentos tiveram aumento de 9,4% no Estado e de 4,9% no cenário nacional.
Nos dados por segmentos, confrontando com o mesmo mês do ano passado, veículos tiveram melhor desempenho, com alta de 25,6%  farmácias tiveram melhor desempenho, com alta de 12,6% nas vendas no Rio Grande do Sul.
Eletromóveis tiveram elevação de 1,4%. Supermercados subiram 3,9%. Já combustíveis e livros e papelaria tiveram queda de 4,9% e 8,9%, respetivamente.    
No grupo do varejo ampliado, veículos registraram avanço de 27% nos negócios, materiais de construção, de 6,5%, e atacarejos, de 26,9%.
O economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, avalia que os dados de abril mostram "uma acomodação natural, após o forte crescimento no primeiro trimestre". Frank lista que o varejo restrito avançou 4,8% em janeiro, 0,7% em fevereiro e 1,9% em março. "Dá uma alta acumulada de 7,5% no período", calcula o economista-chefe. "Particularmente, não encaro como um resultado ruim (a queda)."
A CDLPOA vem monitorando o impacto das cheias na economia e indica que o PIB gaúcho deve ter perda de R$ 7,4 bilhões em maio, frente ao mesmo mês de 2023. No ano, o recuo pode chegar a R$ 40,1 bilhões.
O maior prejuízo é apontado em serviços, que abrange também o comércio, que pode chegar a R$ 21,2 bilhões. Na agropecuária, são estimados R$ 7,3 bilhões e na indústria, R$ 11,6 bilhões. A apuração combina dados que sinalizam os canais de transmissão dos alagamentos para o Produto Interno Bruto. Para maio, Frank usou o Índice do Banco Central (IBC) e a arrecadação de ICMS. 

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