"Funmercado não vai se mexer", garantiu o líder do governo, o vereador Idenir Cecchim (MDB), sobre um assunto que estava
gerando alarme entre os permissionários do Mercado Público de Porto Alegre. Enquanto retornam às operações destruídas pela inundação, os
mercadeiros temiam que R$ 6 milhões do fundo pudessem ir ao caixa único do município.
"Emenda prevê isso (manter verba de Funmercado) e tem acordo dos vereadores", reforçou Cecchim.
O fundo faz parte do Fundo do Patrimônio Público, que foi incluído no Projeto de Lei Complementar do Executivo (PLCE) 008/2024, que cria o Fundo de Reconstrução da Economia, da Infraestrutura Logística, Social e Ambiental de Porto Alegre. O PLCE, com emendas, deve ser votado na segunda-feira (3 de junho).
Os mercadeiros fizeram pressão na Câmara Municipal contra a inclusão do recurso que é considerado essencial para reerguer os mais de 100 negócios do Mercado, com mais de 150 anos e que ficou com 1,7 metros de água por mais de 20 dias. O nível da água ficou muito acima da enchente de 1941.
"O recurso já é carimbado para investir no mercado e subsidiar os permissionários", havia alertado o presidente da Associação Comercial dos Permissionários do Mercado Público (Ascomepc), Rafael Sartori, em conversa com a coluna Minuto Varejo.
Sartori cita que a expectativa dos mercadeiros é usar os recursos do Funmercado para subsidiar a isenção dos aluguéis, em meio à recomposição das lojas. A Secretaria da Administração já havia indicado este caminho.
Nesta sexta-feira (31), os permissionários retornam para dar continuidade à remoção de alimentos que foram perdidos. A estimativa é de perda de R$ 3 milhões com os itens. No total dos impactos, a Ascomepc já fez previsão inicial de prejuízo de R$ 30 milhões.